Frases.Tube

Crônicas do Cotidiano

►Futuro
Um futuro com alguém do meu lado
Cobiço isto mais que a um carro
Pois um carro não irá retirar minha dor
Um carro não me dará amor
Afinal és apenas rodas, portas e um motor
Desculpe, mas não entendo muito de veículos, senhor
Mas, que eu encontre alguém, por favor
Essa é a maior ambição que tenho
E, com mais versos hoje eu venho
Quero alguém para amar
Quero alguém que, de "amor", irá me chamar
Apesar de duvidar que essa pessoa existi
Meu desejo persisti
Alguém para aceitar o meu convite
Que irá me amar como eu a amarei
Tudo que puder lhe dar, eu darei
Tudo que puder fazer, eu farei
Tudo que puder dizer, eu direi
É assim que eu serei.
Um lugar tranquilo para morar
De minha esposa cuidar
Meus filhos criar, educar
Feliz aniversário, para eles desejar
Os meus tempos de jovem, para eles irei contar
Não sei se iram se orgulhar
"Nosso pai é o nosso herói", será
Provavelmente irei, de felicidade, chorar
Este é o futuro que quero viver
Este é o futuro que desejo ter.
Meus pais vivendo em um lugar melhor
Não é por dó
Quero vos dar o que não tiveram
Quero vos dar o que não puderam
E o que já não mais esperam
Apesar do mundo estar bagunçado
Farei o máximo para dá los
Querer retribuir o que fizeram por mim
Darei tudo a eles enfim
Este é um dos meus desejos sim
Antes que chegue o meu fim
Quero que eles não tenham mais preocupações
Quero que não tenham mais prestações
A famosa "segurar as pontas"
Quero que sejam pontas como âncoras.
Este é o futuro que determino
Este é o futuro que imagino
O futuro que desejo, que sinto
Se torna um motivo
Para correr o risco
Passar pelo que já tenha visto
Vivendo bem, ao lado de alguém
Me sentindo cem
Mesmo trabalhando todo dia
Chegarei em casa e irei sentir alegria
Junto da minha família
Junto de quem eu queria
Mesmo com os problemas que apareceram
Enfrentarei eles, por que não
Meus pais passaram por tudo, e continuam se amando
De todo o coração
Essa é a minha razão!

►Década Decaída
Eu sinto aquela saudade
Eu sinto aquela fragilidade
Algumas vezes não me sinto capaz
As vezes não sinto aquela paz
Para os outros, nenhuma diferença isso faz
Não me vejo como os garotos da vizinhança
Querer agir como eles Sem esperança
Creio que se deu início quando eu era criança
Querer mudar de nada irá adiantar
Já está concreta minha maneira de pensar
Do jeito que eu ficaria, não iria gostar
As atitudes que poderia tomar
Sem dúvida, meus pais iriam se decepcionar
Se eu me tornasse aquele tipo de rapaz
Que, para fazer uma mulher chorar, eu seria incapaz
Desrespeitar, agredir, roubar os pais, tornaram se atos comuns
Por que para mim, continuam sendo incomuns.
Essa nova geração a qual pertenço
Será que eu realmente mereço
A sofrer pela diferença estou propenso
É algo bem "tenso"
Mas que, cada dia eu venço
E a cada dia eu penso
"Será que estou no lugar certo
Da vida comum eu estou perto "
Não me considero um garoto esperto
Alguns dizem até que sou idiota
Outros, que não alcançarei a vitória
Que meu futuro não será regado de glória
Mas eu faço minha própria história!
Esses tempos estão confusos
Devo ser um dos intrusos
O prelúdio do concerto musical
Onde todos estão naquele alto astral
Isto se tornou uma lenda
Que hoje está à venda
Ser educado com alguém hoje é assédio
Sinceramente, já estou com tédio
"O cavalheirismo está extinto"
Decepcionado, ao escutar isso, me sinto
As mulheres erram nas suas escolhas e falam ao todo
Escolha seu parceiro ao seu gosto
Mas não digam que todos são iguais
Façam operações fracionárias
E acharam os tais "Cavalheiros"
Provavelmente estavam, ou estão, com os "encrenqueiros"
Cuidado, procurem que iram encontrar
Pois, existem aqueles que não querem maltratar
Aqueles que não querem magoar, só adorar e amar.
O meu diferencial não me torna especial
Não sei também se é ou não prejudicial
Mas está tudo bem, é normal
O mundo hoje está errado
Está desequilibrado
Desorientado
Não estou adaptado
Mas não posso fazer nada
Mas sinto falta do respeito
Tratar as pessoas desse novo jeito
Tenho até medo do que, a seguir, virá
É sentar e aguardar chegar!

Michele
O céu amanheceu nublado.
Era o sol dizendo nas entrelinhas, hoje é o seu dia de brilhar.
Mas ela não se deu conta.
Ela levantou da cama, agradeceu a Deus, não teve muito tempo pra pensar, nem pra se emocionar.
Ficou reticente mesmo sendo o seu dia, mesmo sendo ela a homenageada.
No caminho de casa pro trabalho sua mente a traiu, sobre várias questões que ela sequer desejaria pensar.
E se Mas se Deu de ombros, e agradeceu.
Pensou em Deus, e fez uma retrospetiva, saldo positivo, mesmo com perdas e dores.
Não tenho muito tempo pra pensar, disse ela, cá com seus pensamentos, pois o dia seria longo e trabalhoso.
Ela é sensível, doce, amável, ciumenta.
Do tipo que faz birra até conseguir o que quer.
Ela é inteligente, espontânea, autêntica, despojada, estilosa, vaidosa nem tanto, mas se cuida e tem uma beleza rara.
Ela é forte.
Nem tanto.
Mas lá no fundo é frágil como um cristal, mas num todo é forte.
Sua força a faz conquistar o mundo e as pessoas por onde passa.
Ela é feliz.
Ao menos, tenta ser.
E vai buscando sua felicidade em detrimento do que a vida pôs como obstáculos.
Ela é guerreira.
Ela se tornou especialista em driblar as intempéries que a vida lhe impôs.
Ela é simples, porém complexa.
Ela é um paradoxo.
Diz não querendo dizer sim, diz sim querendo dizer não, e diz talvez querendo dizer sim ou talvez.
Sim, ela é complicada.
Mesmo sabendo o que quer as vezes não sabe dizer.
Sofre por antecipação, e às vezes oculta para não sofrer.
Se reiventa pra tentar provar pra si que e é capaz.
E sorri até mesmo quando tudo se torna um fardo e desconfortável.
Opa, chegou.
Abriu os olhos assustada.
Quase passando de seu ponto, seu dia começara.
E mais uma vez se dar conta que hoje é o seu dia de brilhar.

Sonho e inspiração artística na vida humana
jbcampos
O sonho se inicia pela mente humana ao se sonhar e plasmar desejos latentes, aqueles guardados pelo subconsciente.
“Tudo é possível àquele que crê”.
Assim crendo no sonho ele vai acontecer.
O sonho pode ser a melhor alavanca a demover obstáculos na realização de um ideal.
Basta meditar profundamente sobre ele e transformá lo em realidade.
Realizar sonho é exatamente como a fé.
“A fé sem as obras é morta”.
Se não tomar atitude, fica difícil a realização de um sonho.
Para ver um sonho realizado é necessária a ação, ou seja: um empurrãozinho vai bem
Sonho involuntário
O sonho geralmente acontece quando se está acordado.
O desejo de ser ou obter algo que nos impressiona gera o sonho literalmente, e este fica no caminho do sonhador através de sua lembrança.
Quando se admira alguém pelo que é ou pelo que possuí fomenta se o desejo de se fazer igual inconscientemente.
E todo esse desejo produz o sonho, na maioria das vezes à maneira onírica, lúdica e surreal.
Porém, é um projeto duma construção a sair do papel vegetal do arquiteto.
A composição da partitura do músico.
A obra prima da tela do pintor, a melodiosa letra da voz do cantor etc.
Colocando o sonho em prática
Aqui se frisa literalmente a conscientização de realizar o sonho.
O sonho é a mais pura inspiração divina, é o desejo que o consciente manda ao inconsciente que na sequência devolve o à lembrança mental de forma intrincada, então para colocá lo em prática há de se desenvolvê lo decifrando o.
O sonho é a libido d’alma, algo incontrolável.
Sonho é vida!
A romã e a abelha pouco antes de acordar
Gala, o sonho “Salvador” de Dali
a.Gala, nome da musa inspiradora do gênio sonhador, o pintor: Salvador Dali, retratada pelas mãos mágicas do artista.
Ninguém pode ser melhor exemplo do que esse pintor surrealista na perfeição de seus sonhos plasmados sobre painéis lúdicos.
Enquanto sonha, flutuando sobre rochas e o mar em divino banho de sol na calmaria dum dia suave, assim se encontra Gala sobre tela.
(Gala foi mulher de Salvador Dali).
Elefante exótico
b.O sonho do artista transforma sua obra na mais onírica poesia.
Um elefante longilíneo, firmado sobre incríveis pernas longas e finas, dá a dimensão de um sonho realizado pelo gênio, mesclado com montanhas e o mar.
c.Duas gotas d’águas cristalinas se encontrando com uma romã, em seguida um peixe cuspindo um tigre ao encontro de outro tigre, deparando com uma espingarda apontada à mulher.
O segundo tigre é diferenciado do primeiro pelas garras e pelos bigodes.
Grande explorador de sonhos
Dali nessa obra explora o universo dos sonhos, a espingarda significa a picada da abelha e o despertar inesperado da mulher, o elefante, visão surreal de uma escultura oriunda de Roma.
Vênus pode ser a romã com a sombra formando um coração, com o simbolismo da mulher, representando a fertilidade e a sensualidade em contrastes com as demais formas de vidas na tela.
Evolução
Esse sonho do artista pode ser interpretado também como: A Teoria da Evolução.
Projeção astral e o sonho
Há aqueles que interpretem o sonho em viagem astral, onde o corpo interno, ego, espírito, ou seja, lá o que definirem sai literalmente do corpo e viaja aos planos terrenos e extrafísicos e após essas viagens acaba concretizando o sonho na vida real.
Para que isso seja possível à maneira constante, há de se treinar através da meditação profunda.
Portanto, sempre com a finalidade de acionar o sonho a se transformar em realidade.
Regressão de memória
Regredindo ao passado é possível sonhar com clareza sobre a infância tendo uma percepção bem nítida daquilo do qual se havia desejado, trazendo o ao presente, se ainda continuar sonhando com o bem em pauta e realizá lo aqui e agora.
Hipnose e o sonho
Qual é o doente que não deseja a sua cura, pois bem, pela hipnose chega se ao sonho induzido através de um psicoterapeuta, e isto serve também ao mundo religioso, onde se induz o fiel à conquista dos bens divinos, dos quais não se descartam os bens materiais, aplicação importante no cotidiano humano.
Pelo caminho que lhe apraz dê uma forcinha ao seu sonho e tenha o realizado!
HTTP://pactofeito.blogspot.com

►Logo Pela Manhã
Logo pela manhã, eu escuto as flores acordando
O vento se esgueirando, procurando aberturas
O Sol ainda está se alongando, se preparando para um novo dia
Eu falei das flores Ah, são tão lindas
E as nuvens Tão limpas, branquinhas, não vejo nenhuma cinza
Algumas das estrelas da noite ainda podem ser vistas,
Ainda há outras, maiores, a procura de suas filhas
Logo pela manhã, eu escuto o nascer de uma nova sinfonia
Ah que maravilha, quanta maestria.
E começa a caminhada do vento,
Que friamente passa acompanhado pelo tempo,
Que, ao abrir das janelas, nos provoca aquele arrepio
Não me lembrava que ele era tão frio
Sem falar dos bocejos contínuos,
Que nos fazem assumir a forma de leões, rugindo
Não esquecendo do bom dia aos vizinhos,
E também a orquestra de latidos matutinos,
Dando início a rotina canina.
Um café da manhã reforçado,
Para prevenir a fome em um dia agitado
Desejar um bom dia para quem estiver ao lado
E logo ao nascer do Sol, já queremos a vinda da noite
Mesmo acabando de acordar, nossos corpos não querem levantar
Talvez eles devem pensar,
"Calma aí, vamos ficar mais um pouquinho aqui"
Algumas vezes é até triste levantar, mas tempos que avançar
O tempo não nos concederá descanso.
Vamos então começar tomando o café
Usando o adoçante, ou uma colher para misturar o açúcar
E aquele vaporzinho que sai do copo
Dá água na boca Eu concordo
Há quem gosta de comer pão com manteiga,
Ou pão com queijo
Afinal, cada um tem o seu "menu perfeito".
Ah, olha lá o céu, vejam como ele está
Ele mal acordou, mas já está começando a clarear
Talvez as seis ele já esteja totalmente azul,
Acompanhado pela luz,
Tão belo, que me seduz.
E quando olho para o céu vejo borboletas, mas não vejo mais as estrelas,
Elas se foram, então vejo outras belezas
A natureza não dorme, ela me envolve
Sou apenas sua presa, disso tenho plena certeza,
E não possuo defesa que a detenha, não consigo resistir,
Então quando acordo, eu fico ali, na janela
Olhando bem reservado, do outro lado da rua, aqueles pássaros
Com plumas amarelas, cheias com o espírito da primavera
E as pessoas, atarefadas feito escravas, não notam essas paisagens belas
Mas talvez quando ficarem bem mais velhas,
Elas passem a apreciar, e perceber o que perderam.
Logo pela manhã, eu vejo os morros despertando
Logo pela manhã, eu sinto a vida me abraçando.

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
Nove de Outubro de 2015, Sexta feira, 7:45h da manhã.
Avistei ao longe um casal de velhinhos já octogenários.
Ela na frente, os pés inchados por alguma patologia, arrastava com dificuldade um carrinho de feira vazio.
Ele, logo atrás, magrinho de dar dó, se equilibrava em uma bengala em passos trôpegos.
Verdade que não havia faixa de pedestres ali; rua tranquila, sem outros carros passando.
Parei o meu e fiz sinal para que pudessem atravessar calmamente, não me custando nada esperá los.
Um meio sorriso se esboçou na fronte da senhorinha e, passo a passo, foram tomando a rua rumo ao outro lado.
O senhorzinho segurou o ombro de sua senhora com uma mão para dar impulso ao passo e ajudar a bengala em seu equilíbrio, vagarosamente.
Avistei pelo retrovisor uma motociclista que vinha logo atrás em uma velocidade baixa, mas suficiente para que eu pudesse colocar o meu braço para fora e balançá lo, em sinal de “venha devagar mais devagar”.
A motociclista ignorou o meu gesto, ignorou a esquina possivelmente embalada musicalmente pelos fones de ouvido logo abaixo do capacete.
Ultrapassou o meu carro e freou bruscamente em cima do casal de velhinhos.
O susto foi tamanho que os dois foram ao chão corpos, bengala, carrinho de feira, respeito, civilidade.
Tudo caído no asfalto.
A motociclista continuou “empinada” em sua moto e não fez nenhuma menção de ajudá los, não moveu um músculo sequer e eles estatelados no chão.
Abri a porta do meu carro e saí e, antes que eu pudesse fazer algo, o velhinho, com toda a dificuldade e com certa rapidez olímpica para a sua idade, se levantou do chão, levantou a sua senhora com os joelhos ensanguentados e pegou a sua bengala.
Em pé na porta do meu carro, pude ver uma cena similar às populares surras que ocorreram nas novelas globais “Senhora do Destino” e “Celebridade”.
O velhinho, juntando as forças de seus braços magros, “empunhou” a sua bengala como se fosse uma espada e, como se tivesse tomado um elixir da juventude, desferiu golpes na motociclista posuda.
Um, dois, três, quatro, no retrovisor da moto, no ombro dela, no tanque na moto, nas pernas dela.
Aí sim, ela reagiu, se movimentou, pois AGORA sim, era com ela, antes não! Ela começou a gritar “velho louco! velho louco! ” e ele, com a sua “bengala sabre de luz”, tentava fazer alguma justiça com as próprias mãos, ainda muito trêmulas, pela idade e também pelo susto.
A motociclista arrancou a sua moto dali “gesticulando palavrões” deixando o velhinho ainda agitado e nervoso.
Deixei o carro em direção aos dois para prestar alguma ajuda, pois os ferimentos físicos e emocionais eram visíveis.
Peguei a minha garrafinha de água e ofereci a senhorinha sentada na calçada.
Perguntei se poderiam entrar em meu carro para levá los até o Pronto Atendimento, mas não aceitaram, alegando que estavam bem e precisavam fazer a “feira do mês”, em um supermercado próximo dali.
Se levantaram, sacudiram a poeira; a senhorinha enxugou o suor e as lágrimas com um roto lenço, ajeitou seus cabelos e também o boné na cabeça de seu senhor, e, ambos, continuaram os seus vagarosos passos apoiados um no outro (creio agora que mais tristes e decepcionados do que quando se levantaram pela manhã).
Isso tudo não durou 5 minutos de relógio, e escrevo para que fique uma pequena eternidade em registro.
Foi tudo muito rápido, mas não pude deixar de notar que, no veículo da descerebrada motociclista estava adesivado: “Livrai me de todo mal, amém”.
No mínimo, irônico.

►Um Lugar Para Um Louco
Talvez eu esteja ficando louco,
Pois, hoje eu fiz das minhas paredes uma plateia
Sozinho no quarto, fico conversando com elas
Um antissocial em busca de um lugar ideal,
Que algumas vezes possuí pensamentos surreais
Sem conseguir controlar os instintos naturais.
Talvez eu esteja excluído deste novo mundo,
Um mundo dominado pela alienação do adulto ao jovem prematuro
Não consigo raciocinar como podem existir pessoas ocas,
Sem consciência para pensar, refletir, que não falam nada quando abrem a boca
Sinto como se fosse o único a testemunhar a impotência das outras
Há quem diga que isso se deve ao controle das grandes potências
Mas, como duvido de tudo, devo discordar,
Há sempre a suspeita sobre o que possa ser lido
Pois, feito uma moeda, existem verdades com mentiras encobertas
Com uma simples opinião, digo que as pessoas já foram mais espertas
As mentes delas hoje estão desertas, aceitando ideias discretas
Leiloando seus pensamentos, à procura de uma ótima oferta.
Há brasileiros nos jornais, sobre atos judiciais
Entre os envolvidos, jovens sem diploma, com ideias criminais
E eu aqui pensando que os adultos eram os que deveriam guiar o bando
Mas o mundo, como sempre, está mudando
E hoje já não sei mais como aderir ao pensamento mundial,
Se todos são influenciados com gestos brutais,
Como o atentado na Europa, com cheiro de pólvora.
Talvez minha mente não esteja bagunçada como a de Darko
Posso até não carregar esse fardo,
Mas nada acontece por livre a caso
Poderia ser a teoria do caos, de fato
Seria eu mais um lunático solto no mundo a fora
Ou apenas uma pessoa comum, sem defeito algum
Pois, da atualidade, sinto que não faço parte
Nas músicas da moda que sempre me incomodam
Das brincadeiras da infância sinto saudade
Os novos estilos me dão sono
Os clássicos são os que amo.
Escolho então fechar a porta, e conversar comigo mesmo
Melhor falar sozinho, do que discutir com um mundo sem jeito
Seletivamente eu separo as palavras que aqui escrevo
Cuidadosamente tento meditar, em um texto reflexivo
Mas a barulhada do lado de fora atormenta meu lado pensativo
Fecho então as janelas, e silencio meus ouvidos,
Afim de escapar deste mundo que está em declínio
Que essa infecção de pessoas sem noção não chegue aos meus filhos
Hoje posso ser um jovem sem direção,
Mas mesmo sem saber onde ir, eu me perco entre meus textos líricos,
Sem ferir ninguém, sem fazer mal ou bem
Apenas estou aqui, escrevendo, com sentimentos.

Tijolos e Caniços
Estava acompanhando uma discussão em rede social sobre um determinado candidato à presidência.
De um lado, o fã defendia o cara sob os argumentos de melhora na economia, reforma nas escolas e garantia de direitos humanos.
Do outro, um grupo de cinco pessoas rebatia com xingamentos, emojis irritados e aquele tradicional: “Meu pensamento é melhor do que o seu”.
Logo, o cara de cima respondeu embaixo reafirmando o pensamento, que, para mim, parecia muito melhor embasado.
Isso não tem a ver com direita ou esquerda.
Vai muito além.
Observando os comentários, eu percebi duas formas distintas de pensar: a forma estrutural e a superficial.
Para mim, o pensamento superficial é como um tijolo sustentado por um caniço em riste.
O tijolo representa as certezas, o pensamento imutável, aquilo que eu sei e todos os outros também devem saber.
Basta apenas um sopro de vento para o caniço quebrar e o tijolo ir ao chão.
Já o pensamento estrutural é aquele construído tijolo a tijolo.
Cada tijolinho é um conhecimento de mundo, uma descoberta sobre si mesmo, a formulação de um novo pensamento.
Mas cada pensamento está co relacionado com o tijolo anterior.
Assim pode se fazer afirmações, pois reconhece se o porque do pensamento.
Se eu tenho uma estrutura e sei porque penso desta forma, fica mais fácil de fazer o outro entender.
Dá para explicar, tijolo a tijolo, os motivos para a construção da minha ideologia ou modo de pensar.
Quando o pensamento estrutural encontra o superficial há conflito, pois quem tem muitas certezas não pensa.
Não reflete.
Não reavalia as próprias escolhas nem ouve o outro lado.
Quando dois pensamentos estruturais se encontram há diálogo.
Há uma troca de materiais que auxiliam em ambas as construções.
Mas quando o superficial encontra o superficial não há troca.
Ou melhor, são palavras trocadas no vazio.
Tão fracas e sem sentido quanto uma brisa que não levanta sequer a poeira de cima do tijolo.
Uma casa simples construída sobre base sólida é mais forte que uma mansão sustentada por caniços.