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Risada

“Reza a lenda que o teu abraço se encaixa perfeitamente no meu.
Que a nossa risada possuí as mesmas notas desafinadas e que tua cama traz exatamente as marcas do contorno da minha cintura no colchão fino.
Há quem diga que nosso humor é compatível e pertinente.
Especula se também que felicidade é uma palavra facilmente colocada naqueles fins de tarde de um passado infelizmente não tão distante.
Dizem também que teu sorriso é mais largo quando estou por perto, que alguma força paralela nos ilumina quando nossas mãos se entrelaçam e saímos mundo à fora despreocupados.
Indagam também que da tua casa até o infinito, construímos uma ponte multicolorida de felicidade e que à cada passo descobríamos uma cor a mais no arco íris.
Há quem diga que teu olho brilha enquanto me sonda e que meu coração salta pela boca quando ouve a tua melodiosa voz.
Há quem articule que nossa alma engrandece quando pensamos subjetivamente e que de todos os mistérios das galáxias, o inexplicável ainda era o fato do veneno da tua boca chegar brando em meus lábios.
Falaram que eu sou aquele trago de histeria que você procura em tudo que é lugar e que, pra mim, és uma anestesia errante.
Apenas falaram, pena que você não escute anjos.
Pena que só percebi o quão sutil eram nossas atitudes tarde demais.
Pena que nos distanciamos justamente quando parecíamos tão iguais.
Tente ouvir os anjos, eles dizem que a sina de todo caminho curvado tende a se cruzar.
É celestial, ter medo de um futuro que até então não existirá.
Pega esse teu braço e envolve na minha cintura, rapaz.
Se só segurando a minha mão já poderíamos encarar o mundo, imagine tu equilibrando meu corpo e confortando minha alma como apenas tu consegues fazer.
Ah.
Cosmos é um cubículo de dois metros quadrados quando nossos sonhos se permitem conviver entrelaçados.
Ouça, ouça os anjos.
Eles acham engraçado o modo como meu pensamento alvo e o teu negro criam uma explosão de sensações sem sentido.
É irreal.
Estou de mãos atadas, com orgulho ferido e de olhos vendados, todavia eu ainda ouço os sussurros.
Trate de ouvir os anjos moço, eles não são nada mais nada menos do que teu coração palpitando para onde queres ir.
De onde nunca deverias ter saído."

Era a desgraça em pessoa, não fazia meu tipo, não me agradava, nem ao menos me fez dar uma risada alguma vez.
Era o tipo de pessoa que com muita auto confiança e esforço conseguia se ignorar.
Suas falas sempre viam acompanhadas de um singelo palavrão, suas expressões faciais sempre envolviam o maxilar trancado Era o tipo de homem que todas as garotas queriam, o chamado “Perigo em pessoa”.
Engraçado, eu nunca fui o tipo de desejar o perigo para mim.
A maior parte do tempo me afastava de qualquer coisa do tipo, eu não gostava de confusão, muito menos de pessoas que atraiam a por instinto.
O fato é que depois de um tempo, quanto eu mais fugia eu mais me aproximava Mais de suas manias entendia, mais de suas loucuras participava, mais dele eu conhecia Nada parecia lucido quando estava ao seu lado.
Por isso fugia, fugia, mas nunca a lugar algum Corria em círculos, era um ciclo que nunca tinha fim.
Ele até um dia chegou a me dizer que eu fui a unica de tantas que se importava com sua sanidade mental, bom, não era só com a dele que eu me preocupava, era com a minha também, que vinha constantemente declinando, a cada vez que ele se aproximava, a cada vez que seu cheiro se espalhava, que sua boca abria em um sorriso escondido só para mim, a cada vez que ele nada falava, apenas me observava Eu estava ficando confusa, não entendia o que era aquilo que tínhamos, não entendia porque eu parecia estar gostando daquilo tudo que eu sempre procurei fugir.
Não entendia o porque de eu ser importante para ele, o porque dele ser tão insano ao ponto de achar que sentia algo por mim.
Ele nunca havia me feito sorrir, nunca havia dito que se preocupava comigo, nunca havia dito nada para mim que não viesse acompanhando de um palavrão.
E por mais que eu quise se negar, ele insistia em afirmar que havia algo, que tinhamos algo e que eu era idiota demais para perceber.
Eu era o tipo que não se apaixonava, que nunca me deixava levar por nada, era a garota que tinha medo até da própria sombra, que procurou ser tudo menos a garota de alguém Ele era impulsivo, explosivo, indiferente, a desgraça em pessoa.
Ele exalava perigo, e bem, depois de um tempo eu parecia bem avontade com o fato de me arriscar só um pouquinho

Ah, mas eu sinto falta dele.
Sinto falta da sua risada escandalosa.
Sinto falta do seu egocentrismo.
Sinto falta das suas piadas sem graça.
Relembro as noites acordada pensando nele bem, elas não mudaram.
Eu me imagino chegando, e ele me abraça.
Eu imagino seus dedos entrelaçados aos meus, e nossas mãos na posição errada.
Logo a soltamos, estava desconfortável.
Mas ele segura a minha de novo.
Agora está melhor.
Eu imagino o seu beijo.
Nossos dentes batendo.
A gente para.
Rimos juntos da situação, logo voltamos a nos beijar.
Eu imagino ele acariciando minhas mãos enquanto toco seu cabelo.
Enquanto o mundo para naqueles olhos celestiais, eu não desejo mais nada.
Ah meu Deus, eu sinto tanto sua falta.
Eu imagino nós dois deitados.
Enquanto me aproximo o escuto falar que o que eu quero é um apoio para dormir já que estou longe do travesseiro.
Na verdade eu só queria estar próxima do seu corpo.
Eu detesto quando ele “descasca” meu esmalte, mas o fato de ser ele fazendo isso me agrada.
E eu lembro de nós dois dançado o passo do “bêbado”.
O garçom estava rindo, assim como nós de nós mesmos.
Foi divertido.
Nosso primeiro beijo parecia o primeiro beijo de duas crianças.
Ah, ele foi tão tímido.
Eu me apaixonei por completo.
Quando me pediu em namoro eu basicamente pulei em seus braços.
Eu ainda não acredito que eu o tive.
Ah, meu Deus, eu tive você! São coisas das quais eu não quero esquecer.
Eu não vou esquecer.
Deus sabe que eu não vou deixar passar.
É tarde demais pra seguir sem você

Espelhos:
Hoje olhando no espelho até pude ouvir sua risada, risos de quem venceu, de quem gosta de ver a derrota dos outro.
A minha derrota.
Te ouvir me deixou tonta,e comecei a ver uma outra pessoa, alguém que eu nunca vi antes.Passei um tempo olhando fixamente,tentando descobrir quem era aquela pessoa,aquele ser frágil,com uma aparência confusa,e foi então que eu percebi aquela era eu.
Foi nesse momento que sua risada, cada vez mais alta, mais forte, invadiu meu ser de uma forma que eu não consegui controlar, o chão parecia se mover, eu me senti fraca, e sua satisfação em me ver naquele estado era insuportável.
Sentada no chão, ainda sem conseguir encarar a mim mesma, um filme passou em minha cabeça.
Você me deu tantos sinais, como não percebi que se aproximava Como me deixei seduzir por você Como pude ignorar os alertas de tantas pessoas Briguei com tanta gente por sua causa, POR VOCÊ! Eu achava que era minha amiga, mas não, você entrou na minha vida com um único objetivo, me destruir, e só eu não conseguia enxergar.
Ao perceber isso, comecei a me levantar, com vergonha, por ter sido tão estúpida.
Passei a mão pelo meu corpo, pelo meu rosto, e comecei a analisar as marcas que você deixou em mim.
Era outro corpo, outro rosto, aquela não era eu.
Levantei a cabeça, olhei no fundo dos meus olhos, da minha alma, e ao invés de te ver, te ouvir, vi uma menina alegre, feliz, sempre com um sorriso no rosto, saudável.
Essas lembranças me mostraram quem eu realmente era, e que nunca precisei de você pra ser alguém melhor, mais bonita.
Hoje,quando me olho no espelho escuto risadas,mas essas me pertencem, são de alegria, são de uma nova pessoa, de uma menina que se olha e não vê apenas um corpo e um rosto, vê uma vida, vida essa que você quis tomar.
Sei que como eu, outras meninas vão desejar a sua amizade, e espero sinceramente, que elas percebam mais rápido do que eu o tipo de amiga que você é, e tenham a mesma sorte que eu tive de encontrar um caminho melhor, um caminho sem você.