Mas, se a sociedade não pode igualar os que a natureza criou desiguais, cada um, nos limites da sua energia moral, pode reagir sobre as desigualdades nativas, pela educação, atividade e perseverança.
O moralista é como um sinal de trânsito que indica para onde se pode ir para uma cidade, mas não vai.
A personalidade criadora deve pensar e julgar por si mesma, porque o progresso moral da sociedade depende exclusivamente da sua independência.
É estranhamente absurdo que um milhão de seres humanos reunidos não estejam submetidos às mesmas leis morais que se aplicam a cada um em separado.
Nem a arte nem a literatura têm de nos dar lições de moral.
Somos nós que temos de nos salvar, e isso só é possível com uma postura de cidadania ética, ainda que isto possa soar antigo e anacrônico.
Desconfio dos discursos morais dos políticos, da religião.
Se estudássemos as grandes frases morais de pessoas com o poder ao longo da história, veríamos que são muitas vezes prefácios a grandes tragédias.