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Thaylla Cavalcante

Eu queria poder te falar sobre o meu dia.
Chegar em casa e correr pra os teus braços, me sentir protegida.
Queria poder te falar sobre como o dia de hoje foi cansativo, daquela prova de matemática horrível que eu tenho quase certeza de que zerei.
Queria poder te dizer que pensei em você o dia todo, em estar aqui, nos teus braços.
Queria te olhar nos olhos e falar "eu não poderia ter mais sorte" Você devia ser aquela parte do meu dia que serve pra me fazer esquecer das desgraças do mundo, devia me fazer esquecer tudo, menos você.
Queria sentir tua boca na minha, sua pele queimando de desejo Queria te chamar pra mim e te conduzir à sentir o mesmo vislumbre que eu.
Poderia fazer mil textos como esse.
Poderia tentar te explicar o que eu sinto com você, e como é só com você Eu poderia Mas não vou.
Não vou porque não te tenho comigo.
Não vou, porque te sinto distante, porque falar com você é como gritar no vazio.
É frio, abandonado e sem cor.
Não vou, porque eu nem sei mais como ir, acho que a um certo tempo desaprendi o caminho até você.
Minha vida te leva para longe, suas escolhas acentuam a distância, cada vez mais longe
É impossível não pensar em como tudo aconteceu, em como parecia planejado As coisas nos afastam, a vida, as pessoas.
Acho que antes de tudo, somos responsáveis por deixar.
E nós deixamos, como se não fosse nada demais.
Uma briga aqui, e eu esqueço de te contar uma coisa tão importante Outra briga, a gente não se fala por mais um dia Brigamos de novo, acho que te falar sobre o que acontece comigo não é tão importante E assim perdemos momentos.
Nos perdemos no meio do caminho, por causa dos outros.
Perfeição é algo que nunca me definiu, você sabe bem, bem melhor que qualquer outra pessoa.
Mas queria que você entendesse que dói, que causa insegurança, que machuca e faz mal.
Tão mal quanto eu nunca desejaria fazer você sentir.
Queria que você fosse meu.
Queria poder cuidar de você.
Te causar segurança como você me causa, te amar como você diz que me ama.
Mas eu não sei se consigo.
Tô terminando esse texto com os olhos cheios de lágrimas.
Espero que você tente entender o quanto isso é difícil.
Lutei tanto pra não dizer que te amo, e agora me vejo obrigada a dizer isso.
Não é sofrer por antecipação, é ter a certeza do que vai acontecer, é ter a sensação e ver se concretizar.
Já aconteceu outras vezes.
Outras tantas vezes E você me prometeu que eu não teria que me preocupar com isso.
No fundo, você não é bom com promessas, e eu não sou boa em amar, não sou boa em dividir, nem quero ser.
Preciso de uma garantia de que acabou, porque se não, você sabe, a gente vai se acabar.

ASFIXIA
Escrevo estas palavras póstumas nestas linhas sem sentido afim de descrever todo o percurso transcorrido nestes últimos anos.
Não absorva toda esta melancolia, são só versos de solidão.
Agora tudo que resta é um punhado de folhas mortas, alheias a toda e qualquer movimentação que o mundo lhes ofereça.
Os móveis se enchem de poeira, camadas e mais camadas que se acumulam sobre o plástico que os devia proteger.
A vida que existia, se esvaiu completamente.
Eu por outro lado, sentia a cada dia um dor crescente que me consumia por inteiro e me fazia querer gritar até que as portas e janelas se rompessem, relevando todo o vazio que aquela casa demonstrava.
Era um sentimento sujo que me maculava a alma e transbordava todos os meus pecados.
Tudo o que sobrou foi encaixotado, na esperança da venda do máximo que conseguisse.
A casa foi posta à venda, e comprada muitos anos depois por um jovem casal que vinha de longe e não conhecia toda a história misturada com o cimento daquelas paredes.
Até as fotos foram jogadas fora mas estas foram resgatadas por mim.
Quando finalmente consegui encaixar todas as peças do quebra cabeças, todas as que tinha, minha luta pareceu ser inválida.
Não importava a maneira que tentasse coloca las juntas.
Nada jamais voltaria a ser como antes e o vazio me pressionava o peito a ponto de esmagar, me fazendo sentir e pensar em coisas para as quais nem consigo achar vocábulos descritivos.
O que ficou no final não era vida.
Não era viver.
Não era sobreviver.
A vida, essa palavra linda que sempre derrotou a morte no curso natural das coisas estava agora sem o mínimo valor.
O relógio continuava funcionando, pendurado na parede de uma sala escura em pleno meio dia, negra como minhas esperanças.
Os ponteiros giraram por incontáveis vezes até que as pilhas acabaram, e ninguém estava ali pra repor.
Iniciei sozinha um processo quase impossível de esquecimento, e nesta longa jornada, só a dor me acompanhou.
Os mais velhos conseguiram tocar a vida com bem mais facilidade que eu, como se nada tivesse acontecido, ou nada de novo sob o sol.
Andando em seus cavalos, se encontrando para o happy hour, para jogar bola com os amigos, ou apenas numa tentativa vazia de socializar o imcompartilhável.
Pareciam conhecer todo o roteiro daquela história, como algo já vivido nesta vida ou noutra.
Era um verão quente.
As mulheres usavam saias cada vez mais curtas que atraíam cada vez mais olhares.
Transcorridos pouco mais de cinco anos desde o dia em que cortei pela primeira vez os pulsos, espalhando todo aquele veneno pelo ar, naquele ar disforme em que eu mesma me contaminei.
A mim, a você e a todos a nossa volta.
O rio local teve um considerável aumento no cheiro de enxofre, talvez pela excessiva produção de fosfato, talvez o acúmulo das mentiras contadas, que criou uma bolha ao redor da cidade, fazendo com que todos se rendessem a seus pecados.
O que é certo é que dezenas de noivas desmarcaram seus casamentos, infelizes com o azar de ter escolhido uma data de que todos lembrariam negativamente, seja pelo odor ou pelos fatos.
Eu por outro lado, só penso em asfixia, por tudo que me tira o ar e me rouba o sono.
Como todo mundo, queria poder esquecer do que aconteceu.
Nada melhor do que não absorver.
As drogas funcionaram por um tempo, o álcool me mantinha entorpecida e os cigarros me ocupavam.
A boca, os dedos e o coração.
E a cada trago eu me entregava, sem a coragem de fazer o que você fez.
Tanta coisa que falaram de você ao longo de todos esses anos, mas ninguém nunca te conheceu como eu, ninguém nunca soube verdadeiramente a resposta.
Você nunca me ouviu, e ainda não ouve quando te chamo, quando grito por você nas madrugadas de pesadelos.
Sei que podia ter sido diferente.
Você deixou este quebra cabeças pra que eu montasse mas não importa o que eu diga ou faça.
Sempre irão faltar peças.
A árvore que você gostava foi cortada e eu lamento por não conseguir impedir.
Queria ter dito que te amo, mas só percebi quando era tarde demais.
O fato é que depois de você finalmente percebi, um dia a gente vai ser apenas uma fotografia na estante empoeirada de alguém e depois nem isso.
PS: Estou indo te encontrar.
Thaylla Ferreira Cavalcante

Confissões de passageira
Cá estou, na janela do avião,
Admirando a luz energizante deste sol que nos ilumina,
Analisando os prós e os contras de manter te em minha sina,
Comparando te a esta imensa vastidão (de ambos, conheço tão pouco! )
Longe de ti, o mundo parece vago,
Vivemos um romance nunca escrito,
Mas, ah que autor maldito!
Mantém te longe de tudo que trago.
Até meu cigarro tornou se morno
Quero tua boca, o gosto do teu corpo,
Descobrir em ti caminhos, desses que conheço pouco.
Devolva me o o prazer de uma vida sem você!
Como um sopro de epifania traduzo tuas línguas,
Minhas mãos leem te como braile,
Te acariciam de um jeito que bem sabes,
Ainda que não digas.
Hora quero te perto,
Noutra, mais ainda
É loucura que não se finda,
Muito fogo pra pouca palha,
Seja meu pecado incerto.
Difícil é saber o que queres,
Mais difícil saber como podes brincar com meu pensamento
Logo eu, tão frígida no assunto sentimento
Já não sei mais a que santo rogo para atender minhas preces
Teu corpo atrai,
Tuas curvas enlouquecem,
Conheço te por completo sem nunca ter te tocado.
Trago te comigo, em minha pele gravado.
Tuas palavras me aquecem
Meus lábios de ti não saem.
És minha contradição favorita,
Anseio te de cabelos assanhados
Nossos corpos suados, colados,
És o paraíso que mais me excita
Quem tem sentimentos sabe que vive a perecer
Sou louca por ti, mas imploro,
Me ame, me use, me tenha,
Só não faça me enlouquecer!
Thaylla Ferreira Cavalcante (Sou nós)

Havia um cansaço desconfortante nos músculos.
Os membros pesavam, estagnados.
O mundo girava diante dos globos oculares, falta de concentração, desconcertante procura pela fuga da realidade.
Era desnecessário todo aquele desamor, era penoso, doloroso, sofrido; era algo que nem mesmo as piores pessoas desejariam a seus ainda piores inimigos.
Ela chegou em casa por volta das 3:00.
Era tarde, frio e nem dentro de si havia fogo.
Tudo era ébrio, congelado e vazio.
Havia porém um pensamento, um único Ela adentrou o recinto, trombando dentre móveis e paredes, de mal subido, foi ao chão.
Seu rosto encontrou a face fria e opaca do chão.
A luz estava acesa e pôde se sentir todo aquele peso, cansaço e desconforto.
Quem passasse por perto, ainda que desconhecesse as causas, notaria a nítida sensação de morte presente naquele coração, naquelas mãos congelantes que agora tateavam o piso em busca de apoio.
Se até estranhos facilmente o perceberiam, o que explica o fato de os tão próximos nunca notarem
Seus pulsos estavam sempre recobertos por pulseiras, relógios e adornos, coisas que seriam desnecessárias se não houvesse algo à ser escondido, e havia.
Seus pulsos ardiam a cada nova investida das lâminas que o faziam ferver, e fervia, queimava.
Era penoso, mas necessário.
Naquela condição psicológica, surpreendente era que o suicídio ainda não houvesse ocorrido.
De fato, era inegável que em seus pensamentos, ao menos 5 vezes por dia, essas palavras aparecessem rondando as órbitas neurológicas.
Ela rastejou pelo chão, suas mãos tão pequenas e sem vida carregavam o peso de todo o resto do corpo.
Poderia se deixar vencer pelo cansaço, claro que podia.
Mas faltava tão pouco.
O arrependimento torturaria, ela se torturaria, seu corpo pagaria o preço Continuar ou se deixar vencer Continuou.
Desastrosamente, levantou se.
A boca jorrava sangue, que escorria pelos lábios e se perdia em meio ao preto das roupas.
O cabelo, desgrenhado, gritava por uma pausa, uma parada.
Algo tão necessário a todos estes seres terrenos, algo que ela se nega a dar a si.
Parar não estava nos planos.
Havia algo a se fazer, uma meta a se cumprir.
E ela continuou
Ao chegar ao quarto, viu se perdida em meio ao mundo de papéis e folhas amassadas, rasgadas e jogadas.
Desenhos, poemas, textos, prosas Eram autorais magníficos que ninguém jamais teria a chance de ver.
É inapropriado pensar no quanto foi perdido naquela noite
Todos foram postos juntos num canto escolhido a dedo, tão inofensivos Seriam provas, talvez pudessem continuar ali, quietos.
Talvez pudessem ser achados por alguém, talvez pudessem servir para algo, fazer a diferença.
Talvez, se não virassem cinzas em meio ao fogo.
Tudo, tudo virou fuligem.
Começou pela foto.
A nossa foto.
Você lembra Eu estava ali, coloquei fogo nos papéis.
Deitei na cama, completamente alcoolizada.
Vi o fogo tomar conta de tudo, senti seu cheiro invadir minhas narinas e respirei fundo 1, 2, 3 Vai passar, vai acabar A essa altura as chamas tomavam conta das persianas, dos quadros e das garrafas de vodka espalhadas, serviram de combustível e tudo aumentou.
Minha mente dizia me para levantar, meu coração dizia que continuasse ali, estática.
Meu corpo doía, estava cansado, sonolento, o fogo se tornou entediante.
Meu corpo pediu descanso, e foi o que fiz.
Fechei os olhos e descansei.
Longe de tudo, longe de você.
Virei fuligem, que no fim de tudo, esfriou.
Virei vazio, tornei me você.

E que seja feliz.
O enterro.
Ao que parece, todos temos esqueletos no armário.
Mas claro, no sentido metafórico, a menos que você seja um taxidermista.
Esses esqueletos representam coisas que não podemos ou não queremos expor, por serem repulsivas ou apenas comprometedoras.
No meu, por exemplo, guardo um livro de aproximadamente 200 paginas, onde tentei convencer me que estar com meu ex amor é impróprio a mim.
O mantenho longe, pois se não o fizesse, leria por vezes e mais vezes, afim de usar cada um daqueles argumentos em cada tentativa falha de me espelhar em um novo alguém.
Alguns cadáveres merecem ser deixados para trás, mas por mais que lutemos, tenderam em nos perseguir, como zumbis em busca de carne fresca.
Recentemente "envolvi me" se é que posso assim dizer emocionante com um rapaz aparentemente interessante, mas creio que ambos são cheios de más lembranças.
O homem tem características peculiares.
Tende a basear todos os futuros relacionamentos nos passados que não deram certo, e como soa meio óbvio, fracassa nestes, tal como fracassou no anterior.
É um ciclo vicioso de não confiança, desamor e com toda certeza de muito medo.
O mesmo medo que nos faz manter a porta dos armários sempre trancadas para que o mundo não descubra nossos segredos, ou melhor, não ache que temos segredos.
Por mais que soe ridículo todos têm segredos é assim que tem sido com basicamente todos que conheço, ademais, a exceção confirma a regra.
Mas voltando a meu caso em particular, creio que me mantive em minha zona de conforto, e sabemos o quanto isso é prejudicial a um relacionamento.
Sou mais sal que açúcar, e ainda assim, insolúvel à cerca de qualquer outro componente.
Então de fato, lidar comigo é uma barra! Não me surpreenderia se as pessoas escolhessem me trancar no dito armário de más lembranças.
Me surpreendo porém, com o fato de ainda conseguir despertar em qualquer pessoa que seja, qualquer tipo de sentimento principalmente sendo este algo bom.
No design inteligente da evolução, não nos deram armas biológicas para lidar com relacionamentos, e se deram, infelizmente não fui contemplada.
Talvez toda esta apatia seja sim uma arma de defesa, mas quem disse que ficar na defensiva é bom Bom é partir pro ataque, sentir a torcida vibrar, sentir que tu podes ainda ser útil.
Sentir e fazer sentir, emocionar.
Voltando agora a meu ex quase relacionamento, sinto que estraguei tudo, e de certo a culpa não foi toda minha.
Me faltam armas químicas pra lidar com essa bomba em meu peito que infelizmente é vital.
Sinto medo de envolver me novamente, de estragar tudo, e por isso continuo aqui, fria e tênue, à margem de qualquer substância que não seja o frio do meu inverno interior.
Enterrei minhas emoções a tempos, tranquei meus esqueletos no armário e os esqueci.
Mantive me alheia a tudo e todos, tornei me inatingível.
Gostava disso, gostei por muito tempo, até ele aparecer e sumir, levando consigo todas as minhas certezas, e por fim, enterrando me num mar de vocábulos frios, onde permaneço desde então.
Se o vir, diz lhe que mandei lembranças, que ele é um homem bom, e que seja feliz.
Thaylla Ferreira (Relicário de vocábulos vazios.)

A ti, abutre.
Sinto falta do passado,
Tudo que me dói,
Tudo que a mim corrói,
Remete ao obliquo renegado.
A esta minha sina equivocada
Sou o karma desta minh'alma amaldiçoada.
Trago entre os dentes um cigarro
Nos lábios, meu batom borrado
Na cabeça, a coroa do passado
Cá estou, prestes a destruir outro carro.
Nunca mereceste um pingo de piedade
Meu miocárdio ainda grita a traiçao
Não convém conceder te perdão
Tua vida desconhece o valor da lealdade.
Amaldiçoada seja a tua existência
Se nada fui ou signifiquei,
Se nada importa, nem a dor que suportei
Nada existe! Nem tua essência.
Quero teu sangue escorrendo por meu corpo,
Quero seus gritos agonizando em sufoco,
Quero que implores como louco.
Ei de ver te com o medo tranparecendo à epiderme.
Chore, meu bem.
Deixe suas lágrimas orvalharem,
Permita ver elas te entregarem,
És agora meu refém.
De ti, nada menos que um metro de distância
Na minha taça, nada além de teu sangue ou suor
Em meus fones, nada mais que teus gritos de dor
Talvez permaneças ainda com a mesma nula relevância.
Se sento a mesa, alimento me de vingança
Me deleito com o que me nutre
Fomento a ti, abutre!
O lado negro venceu na balança.
Segure minha mão,
Juro te ser desleal
Seguir a ti, Judas sem ponto final,
Anseio ouvir teu "Não"!
Anseio te ver implorar,
Ofereço tua vida a quem quiser!
Que se faça dela o que vier!
Mas vais ingerir todas as borboletas que me fez regurgitar!
Por longos tempos fui luz.
Tornaste me escuridão.
Mergulhei tão fundo nessa imensidão
Que agora vais comigo ver que nem sempre é ouro, tudo aquilo que reluz.
Thaylla Ferreira Cavalcante (Sou nós)

Mais uma dose, por favor
Lembro me do frio da noite e de adentrar o teu carro.
Lembro de ter me perguntado se estava com frio, eu neguei, mas estava.
Meu coração aquecia o resto do corpo inteiro porque eu sabia no que o nosso trajeto viria a resultar.
Por mais que negasse ou não quisesse aceitar, eu sabia, bem como você.
Nós conversávamos como um casal qualquer que não conseguia aceitar a realidade dos fatos em que estava inserido.
Nos prometemos parar, mas prometíamos isso na mesma intensidade em que nossos sorrisos se liam, não conseguíamos.
Nosso imã natural tinha um epicentro tão extenso quanto o mar, não havia começo nem fim.
Quando nossas respirações se agoniavam, nossos corações se ritmavam e nossas mãos por fim se tocavam, se iniciava uma sucessão de acontecimentos desastrosos com o objetivo de nos fazer questionar toda a existência e a vastidão do que nem devíamos sentir.
Particularmente falando, eu idolatro tua figura como a um deus.
Tudo que há em você parece harmonioso demais, como a perfeita fusão da minha ruína.
Eu gosto do som da sua respiração ofegante enquanto me beija, de como você reluta e suas mãos tremem quando encontram as minhas, de como você tenta disfarçar o olhar quando sabe que estou chateada ou de como me observa dormir.
Eu amo ver o teu cabelo ao vento, você suando no frio do ar condicionado ou com as mãos transpirando por estarmos tão juntos, tão perto.
Eu sou completamente louca por cada curva do seu corpo, por cada montanha ou depressão da tua epiderme e pelos teus olhos castanhos, tão fundos quanto o oceano.
A vida tem dessas de nos fazer pousar no peito de quem a gente não pode repousar, é uma droga né Eu sinto sua falta tantas vezes ao dia que mal consigo mensurar.
Sei o quanto deve te ser chato me ter cobrando atenção, te querendo perto o tempo todo é que você criou em mim uma dependência tão insana que eu adoeceria se não ao menos tentasse te ter comigo, nem que por alguns meros minutos durante alguns dias ao mês.
E a nossa energia, é uma coisa tão surreal, tão de outro mundo somos fogo e brasa, você lembra Me sinto completa sozinha, porque eu sou fogo, mas junto a você, nós incendiamos tudo.
Thaylla Farreira Cavalcante {A}