É que vamos vivendo o amor, na velha arte de deixar fluir, e deixamos de nos questionar o que estamos fazendo para mantê lo de pé, justificando nos com mil e uma bobagens impalpáveis – até nos convencermos de que o amor é aquela coisa abstrata e intocável, perfeito em si mesmo.
Mas o amor, na verdade, é como um instrumento musical que, vez ou outra, precisa de reparos – ou substitui a bela melodia por um ruído incômodo.
O amor, embora, em certo ponto, intraduzível, não pode ser deixado de lado, não pode caminhar com as próprias pernas, ser conduzido pelo acaso que, convenhamos, é tão distraído!