Não se ama o outro porque ele é um rapaz de bem, bem humorado e um bom genro.
Não se ama porque ela bebe pouco e sabe se portar em eventos sofisticados.
Não se ama porque ele tem modos à mesa, porque ela sabe dançar, porque gosta dos mesmos filmes que você.
Você o ama pela sensação que te dá quando ele toca suas mãos.
Ama se pelos olhos, pelo cheiro da pele, pelo gosto da boca.
Ama se pelo que não se pode identificar, não se pode explicar, não se pode traduzir.
Ama se os detalhes indecifráveis do outro, como o modo como ele traga o cigarro, o jeito como tira os sapatos, o modo como move o corpo quando ri.
O amor não é um contrato, não aceita termos de uso ou escolhas convenientes.
Não dá pra usar “amor” como argumento de pesquisa.
Não dá pra abrir um processo seletivo e analisar os candidatos.
Não dá pra escolher o amor, ele precisa te escolher.