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Iasmin Borges

A Princesa e a Incerteza
Era uma vez, num reino muito distante, uma princesa de pele clara como a neve, ela tinha o corpo coberto de estrelas e seus cabelos mudavam de cor assim como seu humor.
A princesa adorava cantar, era amorosa e muito alegre.
Ela não vivia num palácio, pelo contrário, vivia em meio a simplicidade, porém a princesa nunca se importou com isso, pois para ela o amor era seu bem mais precioso.
Seu reino sempre foi conhecido por ser muito alegre, cheio amor, planos, sonhos e principalmente esperanças.
Um dia esse belo reino foi tomado por uma escuridão horrível.
A princesa perdeu tudo o que lhe era mais precioso, sua vida, antes tão alegre se tornou vazia e sem cor.
As canções, antes cantadas com tamanha alegria, se calaram e seu coração se partiu com a solidão que ali se fez.
A princesa, sempre muito determinada, não aceitou que seu destino fosse esse e depois de muita tristeza resolveu lutar, virou guerreira.
Suas batalhas contra a escuridão eram diárias, incansáveis, ferrenhas.
Ela estava tão determinada a mudar seu triste destino que não percebeu quando uma nova moradora chegou ao reino.
Ela era silenciosa e parecia inofensiva.
Seu nome era incerteza.
A incerteza se alimentava de cada pedacinho da guerreira, mas seu apetite tinha uma predileção por esperanças.
A cada dia a Incerteza consumia mais e mais suas esperanças e com ela se iam também as alegrias, sonhos, planos.
Tudo aquilo que levara tanto tempo tentando recuperar.
A guerreira enfim notou a Incerteza, ela estava grande e muito forte.
Tão forte que a guerreira com medo, correu para bem longe e deixou somente a princesa ali.
A princesa mais uma vez determinada enfrentou a Incerteza como pôde e ao se ver fraca para lutar sozinha gritou por socorro, mas ninguém a ouviu.
Então ela gritou mais e mais.
Gritou, suplicou, rogou, mas o socorro nunca chegou.
Dizem as histórias a princesa gritou tanto que perdeu sua bela voz.
Alguns camponeses juram ainda ouvir seus gritos nas noites mais silenciosas, mas a princesa, aquela do reino das alegrias, essa nunca mais foi vista.
Iasmin Borges