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Arcise Câmara

Feliz Páscoa!
Soluçando feito sei lá o quê
Eu sempre me emociono com a passagem de Jesus, um dia lindo e reflexivo, um dia de dor e o dia mais rico de emoções, o dia em que ele renasceu em cada um de nós e nos salvou.
Por alguns anos eu não compreendia o poder do abandono na frase “Meu Deus, Meu Deus! Porque me abandonaste”.
A frase parecia incerta.
Infelizmente, demorei a aprender a lição, a lição da maior dor de Cristo, a lição de se sentir humano na última categoria, a da dor, a lição de transformar dor física e espiritual em Amor.
Tolerância foi seu ponto forte.
A paixão de Cristo sobrevive de sentidos profundos a nossa existência e o amor sobrevive da realidade de que Cristo é Deus.
A Paixão de Cristo traz suas lições, traz o amor à vida, aos relacionamentos, a coerência entre o discurso e a realidade.
Somos nada, somos o ideal, somos uma lista interminável da vontade de Deus sobre nossas vidas, somos a felicidade imensa do poder do Criador, somos o conceito de perfeição, mesmo que não estejamos prontos para isso.
Deus no faz estabelecer nas relações humanas a experiência de amor eterno, do infinito, do desconforto da dor em sua duração, um sentimento de se sentir nas nuvens mesmo com os pés no chão.
E a vida ganha nova forma, novos tons, novos sons.
Você começa a acreditar que tudo tem um significado e uma resposta bonita, você perde a mania de julgar, você não precisa de muita coisa para ser feliz.
Você precisa do Amor, da completude, dos bichos, da natureza, dos livros, de tudo que te liga ao infinito, sem esperar nada, sem se sentir derrotado.
A vida é um Identificar se com Ele.
A gente opta pelas coisas do bem, a gente aprende que orgulho e teimosia não leva a lugar nenhum, a gente não se deslumbra facilmente aos prazeres ou ilusórias crenças.
E quando o poço seca não há desespero, o preço da vida é a morte, o preço da saúde é a doença, o preço da juventude é a velhice, momentos que ricos e pobres passarão.
A vida é um eterno renascer.
Que jesus renasça em nossos corações.
Feliz Páscoa!

O universo inteiro cravava os olhos em mim
Não tinha tempo para cuidar de mim mesma, uma pessoa muito perto de mim me deu essa dica valiosa, como se isso fosse motivo de orgulho, eu me achava atarefada demais para cuidar de mim.
A vida nunca vai me unir a vaidade, não combina comigo banhos demorados, salão de beleza e unhas feitas.
Eu sempre pensava no que fazer quando coisas ruins acontecem às pessoas boas.
Sabia como cuidar de mim mesma, eu nunca mais podia viver sem mim, não sou plateia de ninguém, era um ser humano dividido e não conseguia enfrentar a vida com dignidade.
Minha vida estava sem voz, eu precisava enxotar coisas ruins da minha casa, cuidar dos outros é algo natural em mim, porém, coisas ditas consideradas imperdoáveis eu não tolero.
Enxotei pessoas.
Sem regras, sem limites, encontrei a alma andando pelo caminho, a felicidade dela me deixa envergonhada, a vida era muito boa com os outros, as repercussões são sentidas em todas as direções, estava infeliz.
Não exija de mim, o que não pode dar, essa confusão toda era apenas eu mesma tentando entender dentro.
Não gosto de conversar correndo, não sei tudo que você sabe.
No final de um momento percebi que as coisas estavam estranhas, eu era uma mulher forte e gentil, não resta dúvida que eu me amargurei, um mal ambiente que derruba até os mais fortes.
Estava com preguiça de ser eu e como compensei tal atitude Com alternativas naturais, aprendi as lições necessárias e joguei fora o que não me serve mais.
Não era para eu ter ido em frente se eu não tivesse agido dessa forma.
A vida sempre será incompleta, um aperto agridoce no peito, eu como para viver e não vivo para comer, isso mudou a minha vida.
E se não houver ninguém além de vocês na história, lute por um final feliz para você.
Esperei muito a mão do destino, aguardava com orgulho mais um filho doutor, eles só me exploravam, dei meu sangue para cada um ganhar um rumo na vida, nada do que eu ouvia sobre Deus me contemplava.
E foi assim que descobri que estava doente.

Uma das coisas que não abro mão é de honestidade, e não estou falando de não roubar, não trair, não enganar, isso para mim são honestidades também, admiro e apoio.
mas estou falando de me mostrar como sou, sem ferir, sem agredir, ser honesta sobre meus anseios, ser eu mesma sem me sentir julgada pelo jeito de falar, pelas roupas, pelo ser eu.
Não quero que ninguém goste de mim por motivos ocultos, por achar que eu sou de um jeito eu sendo de outro.
Você não precisa concordar comigo, não precisa concordar sempre, pode discordar, isso é salutar, amizade é isso.
Não preciso de mãos na cabeça.
Não preciso ser controlada ou enquadrada.
eu sempre acho que alguém exerce o controle sobre mim, mas acho que eu não consigo que ninguém exerça tal controle.
Não busco mudanças de formas, mas invisto em relacionamentos, invisto em amizades, invisto em atenção e carinho.
Às vezes, por ser popular, tenho o peso sobre mim de que alguém espera respostas certas para seguir sua vida, respostas certas vindas de mim às vezes são respostas erradas, na hora e momento errado vindo de fora.
Sou radical e para quem não é radical se assusta com meu jeito simples e fácil de dar fim nas coisas.
Muitas vezes me sinto condenada por não fazer escolhas que agradariam a maioria, não consigo agradar os outros desagradando a mim mesma.
Sou contra poder, controle, competição e autoritarismo.
gente que eu considerava madura, não o são.
Sinto necessidade de reformular ou abandonar, mesmice não me atrai.
olhando por um lado mais crítico, nenhuma das duas me parecem boas opções diante do time que está ganhando.
Será Du vi dê ó dó!
Não suporto gente que é indulgente comigo só porque penso diferente.
Pensei diferente preciso ser hostilizada, magoada, reprimida
Rotina Não gosto! odeio! a rotina me tira toda a energia, me cansa, me escraviza, me enfraquece e tudo parece sem importância, mesmo um lindo por do sol.
Não sou conformada, gosto de mudanças, se alguém disser que devo mudar, abro parênteses para refletir.
meu coração anseia por uma família, mas não tenho vergonha de ser divorciada, de ter tido a chance, de ter escolhido errado.
Sou solteira sim, divorciada também.
O que me motiva descobrir um lugar no mundo para ser feliz, perto de quem amo e admiro.
Sou cheia de questões, procuro respostas e quase sempre não as encontro.
Minhas questões são dificílimas.

Ontem fui à missa na São Sebastião e sempre que vou lá, cumprimento com olhar de cumplicidade e poucas palavras de bom dia, boa, tarde, boa noite, como vai, meu quase irmão a quem admiro e acompanho sua evolução.
Quando eu era pequena o papai encasquetou que queria adotar um menino de rua, esses que cheiram cola e fazem pequenos furtos, a mamãe desaprovou de primeira, disse que ele tinham 2 menina
s e que era perigoso porque ele era vivido, disse também que o adolescente era difícil de convivência porque já estava com a maldita personalidade formada.
Nós os filhos não opinamos.
Então o papai com seu jeito teimoso de não desisto nunca começou a levar o Francisco lá pra casa, ele tomava café com a gente todas as manhãs, almoçava, lanchava.
Muitas vezes não ia porque preferia o vício de cheirar cola e assim passamos a conviver com o Francisco.
O papai foi um verdadeiro detetive, descobriu que o garoto tinha família, tinha um comportamento ruim e os pais deram um ultimato, se era para ser marginal que saísse de casa e essa foi a escolha de Francisco, um jovem que queria vida fácil, desregrada, vivendo de favores, pena e furto.
Depois que o Francisco finalmente conquistou a minha mãe, o meu pai todo feliz foi perguntar do Francisco se ele queria fazer parte da nossa família e a resposta foi: Não Tio, eu não me adapto com disciplina, obrigado por tudo.
Começou naquele dia, mesmo que o Francisco não soubesse, uma adoção a distância, o papai não servia como pai, mas servia com amigo, como conselheiro, como mesadeiro, como alguém que acreditava no valor e nas mudanças de um jovem infrator.
O Francisco tomou jeito, casou, tem filho, trabalha na redondeza onde morou a vida inteira, largo de São Sebastião, seu trabalho digno é guardador/lavador de carro, usa roupas limpas, é o mais bonito e o mais educado guardador e lavador de carro do pedaço, um bom pai, um ótimo esposo, mora de aluguel e tem responsabilidades de pagar água, luz e comprar comida.
Quando eu vejo o Francisco todo lindo, todo trabalhador, eu tenho certeza que o papai faz parte dessa conquista porque ele acreditou e valorizou o Francisco como ninguém.
E o Francisco sempre reconheceu isso.
Um certo dia, mamãe e eu levávamos nossas joias pra missa e um amigo do Francisco olhou para nós com aquele olhar: vou te furtar e o Francisco disse: Não mexe com elas, até aí tudo bem, éramos protegidas, mas finalizou: nem com mais ninguém.
Chorona e emocionada pela atitude e mudança do Francisco eu nutro um sentimento gostoso de irmandade.
Eu sempre tive pessoas que acreditaram e acreditam em mim e eu vou citar 4 pessoas em pé de igualdade: Aldenora, irineu, Ceres e Mariangela, essa pessoas me tornam confiante, bonita, capaz, essas pessoas acreditam que esse broto aqui é capaz de desabrochar.

Emagrecer para chegarmos ao peso ideal
Eu não sou uma mulher religiosa, mas me arrependo da ausência de tradições em minha vida, uma delas a disciplina.
Para justificar isso informo que pela milésima vez voltei ao pior peso da vida.
Menina inquieta, que não sente fome, isso mesmo que você leu, eu deveria ser magrinha palito porque não sinto fome, mas como com os olhos, como com o coração, como com a vontade, como porque tem comida em volta, como por prazer.
Não precisa, não precisa dessa quantidade toda, mas eu gosto, gosto de pratos cheios, gosto de repetir, gosto da sensação de barriga tufada, às vezes vomito e passo mal involuntariamente.
Nada disso deveria ter acontecido, mas aconteceu, o efeito sanfona novamente me pegou, faltou consciência, faltou educação, faltou bom senso, posso rever na minha memória todos os meus acertos e todos os meus deslizes conscientes.
Infelicidade afetiva, bora comer, alegria, bora comer, ajudar os animais, bora comer, se sentir a melhor pessoa, bora comer Lembro das coisas que fui capaz antes de adquirir consciência, remédios, shakes, neurose com a balança.
Eu comia alguma coisa e já me culpava, precisava de tempo para absorver a minha jaca, a vida era cheia de sacrifícios pessoais e nada fiz para expandir a consciência.
O equilíbrio não tinha importância.
Aprendi a tirar vantagem, fazer as substituições de maneira esperada, me controlar no casamento deste fim de semana e aprender a não ser tão inconveniente comigo mesma.
Magra feita um varapau não é meu propósito de vida, nunca vou desistir de mudar a mim mesma, de me adequarem prol da qualidade de vida, de parar com as justificativas de agir e de escolher.
Meu corpo deveria ser meu jardim tranquilo, meu mundo maduro, preciso ser tolerante e rígida ao mesmo tempo para as minhas escolhas sensatas, preciso sentir prazer em admirar o ceú e contemplar as estrelas, não num prato de comida.
Preciso me imunizar de tudo que me faz mal, principalmente das escolhas alimentares erradas.

Se vives juntos não grudeis em demasia
Todos nós somos muito diferentes, precisamos de espaço, estar grudado o tempo todo, sem deixar o outro respirar é uma situação ruim e o preço a pagar é muito alto.
Não estou nem um pouco a fim de falar de regras e tal, nem quero passar a impressão que há pingos em todos os is.
Quando se termina um namoro grudento as chances de dar certo são mínimas mesmo que haja uma volta, esse estilo de vida faz afastar os amigos, os dias demoram a passar com pouco entrosamento com o mundo ao redor.
O sentimento de alívio é enorme, a impressão que se tem é que a pessoa não sabe fazer nada separado, fica perdida, aumenta os riscos de voltar com o velho relacionamento.
Diante dos meus conselhos inaudíveis, resolvi falar da minha necessidade de transplante, eu me recusava a pensar que a morte chegaria antes da chance de ter um novo rim.
Nesse processo todo, existem os que ajudam e os que não ajudam, vamos chama los de curiosos.
A regra do momento é focar na vida, no alívio que a medicação traz, reduzir a pó o sofrimento contido na memória.
Minhas necessidades mínimas não eram satisfeitas pelo Estado, ganhar um órgão de alguém que já morreu não era prioridade para as famílias.
Eu não tinha medo de encarar os fatos ruins da própria vida.
Com base na minha experiência é que percebo que as colunas erguem se separadamente, uma coisa de cada vez, um problema de cada vez e nas histórias de amor também é assim.
Quando não se é um ser único, começa o problema, sei que são percepções de uma pessoa próxima da morte, não estou desembuchando um sermão, só que depois de tantos desmaios tenho algumas convicções absolutas: O caminho a seguir é só seu.
Tem espaço para momentos importantes da sua vida, tem espaço para viver bem o momento presente, tem espaço para fazer dar certo.
É justo tudo que me beneficia Não.
É justo tudo que me prejudica Também não.
Eu me perguntava se devia me despedir da vida, era por isso que pregava o desapego das relações, não achava saudável esses grudes sem sentidos, assim como não queria cancelar minha vida em plena juventude.

Cada um lembra da própria infância, fatos, atitudes
Sou uma teimosa e isso nasceu comigo, mesmo apanhando muito, a dor não me fez ser menos teimosa, as coisas poderiam ter sido diferentes e não foram, enxerguei a mim e ao parceiro de forma distorcida.
Era muito bonito, eu tinha 10 e ele 8 anos, mais do que isso, era uma companhia encantadora, eu me sentia a criança mais amada do planeta e ele nem me dava bola, eu nunca fui tão amada na vida e na minha cabeça não sei que sentimentos vazios e esquisitos eram aqueles.
Bastava estar solteira e aparecer um simples oi para tudo mudar de cor, minhas prioridades eram recalculadas, a fantasia dominava a minha mente, minha psique implorava humildade.
Com o tempo deixei fluir sentimentos, aprendi alguma coisa na arte de fantasiar, tive uma existência fragmentada de desilusões que eu mesma criava, tinha uma vida social repleta de comida e sapatos.
A minha vida era um resultado de suposições, eu amava o amor e não as pessoas pelas quais me apaixonava, eu amava a possibilidade das relações, o olhão verde, o boi bumbá preferido me fazia estremecer.
Não sei até hoje como vivo de mentiras, como sou fofa e sonhadora, como qualquer palavra desperta em mim novas ideias, eu sempre tenho crise de identidade, não há espaço para corresponder tantas expectativas que não me incomodam nem me deixa infeliz.
Tenho mais soluções que problemas, amo meu mundo imaginário, há quem tente explicar o que não quero entender, troquei a sensualidade por senso de humor, distingui o que tem valor do que tem preço, sou mais alma que corpo.
Para ser sincera eu não nunca fui a namorada mais atenciosa do mundo, o meu amor era baseado no sol de todo dia, nos resultados lentos, na percepção das entrelinhas, a minha conta era a busca da felicidade.
Não tinha convicção se trilhava caminhos certos, amadureci pouco nessa área, a minha maior riqueza foram às escolhas que eu não fiz, o chavão que não usei, a mudança de cada dia.