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Arcise Câmara

Uma das coisas que não abro mão é de honestidade, e não estou falando de não roubar, não trair, não enganar, isso para mim são honestidades também, admiro e apoio.
mas estou falando de me mostrar como sou, sem ferir, sem agredir, ser honesta sobre meus anseios, ser eu mesma sem me sentir julgada pelo jeito de falar, pelas roupas, pelo ser eu.
Não quero que ninguém goste de mim por motivos ocultos, por achar que eu sou de um jeito eu sendo de outro.
Você não precisa concordar comigo, não precisa concordar sempre, pode discordar, isso é salutar, amizade é isso.
Não preciso de mãos na cabeça.
Não preciso ser controlada ou enquadrada.
eu sempre acho que alguém exerce o controle sobre mim, mas acho que eu não consigo que ninguém exerça tal controle.
Não busco mudanças de formas, mas invisto em relacionamentos, invisto em amizades, invisto em atenção e carinho.
Às vezes, por ser popular, tenho o peso sobre mim de que alguém espera respostas certas para seguir sua vida, respostas certas vindas de mim às vezes são respostas erradas, na hora e momento errado vindo de fora.
Sou radical e para quem não é radical se assusta com meu jeito simples e fácil de dar fim nas coisas.
Muitas vezes me sinto condenada por não fazer escolhas que agradariam a maioria, não consigo agradar os outros desagradando a mim mesma.
Sou contra poder, controle, competição e autoritarismo.
gente que eu considerava madura, não o são.
Sinto necessidade de reformular ou abandonar, mesmice não me atrai.
olhando por um lado mais crítico, nenhuma das duas me parecem boas opções diante do time que está ganhando.
Será Du vi dê ó dó!
Não suporto gente que é indulgente comigo só porque penso diferente.
Pensei diferente preciso ser hostilizada, magoada, reprimida
Rotina Não gosto! odeio! a rotina me tira toda a energia, me cansa, me escraviza, me enfraquece e tudo parece sem importância, mesmo um lindo por do sol.
Não sou conformada, gosto de mudanças, se alguém disser que devo mudar, abro parênteses para refletir.
meu coração anseia por uma família, mas não tenho vergonha de ser divorciada, de ter tido a chance, de ter escolhido errado.
Sou solteira sim, divorciada também.
O que me motiva descobrir um lugar no mundo para ser feliz, perto de quem amo e admiro.
Sou cheia de questões, procuro respostas e quase sempre não as encontro.
Minhas questões são dificílimas.

Eu pesava 84 kg (já pesei 86) e estou com 76 kg sem dieta e apenas 90% “fazendo a coisa certa” e 10% fazendo a coisa errada.
Mas vou transcrever em que consiste minhas conquistas contra a balança para atingimento do peso normal, diga se de passagem que eu já eliminei o nível obesidade grau 1 e estou no sobrepeso e daqui a pouco estarei com o peso normal, ou seja 64kg ou menos.
Várias coisas me fizeram tomar atitudes vou lista las abaixo:
Efeito sanfona: Ganhei duas estrias horrorosas que mais parecem cicatrizes de cirurgias de recuperação em acidente de trânsito e isso me deixou completamente fora de mim, porque apesar das minhas inúmeras celulites (covinhas charmosas), milagrosamente não tinha estrias.
Fazer dietas restritivas, cortar doces e outras delícias radicalmente, não usar o “coma moderadamente” e poucos dias depois matar o desejo comendo o triplo do que renunciei.
Conscientização pela minha irmã que eu era determinada para todas as coisas.
Conseguia e lutava por tudo que eu queria, salvo a determinação em emagrecer.
Ver um amigo recém engordado e não reconhecê lo de prontidão, gordo e irreconhecível, parar e pensar se ele era realmente ele, me fez refletir sobre a minha gordura, porque quando a gente engorda a gente se transforma e eu conheço vários casos de pessoas que fizeram cirurgia bariátrica e me falavam que as pessoas não as reconheciam e eu levei uns 3 minutos para ter certeza que ele era ele.
O mais determinante neste processo foi analisar o comportamento das pessoas magras e das pessoas gordas e eu me choquei vendo atitudes “horrendas” dos outros em mim mesma.
Observei que gordo come sem parar, a sensação para quem observa é de que a comida vai acabar, gordo não desfruta uma caixa de chocolate belga com validade até 2014 aos poucos, ele acaba a caixa na mesma hora, gordo quer tudo para ontem, faz uma reserva no estômago de comida como se fosse passar fome por meses.
Gordo só se contenta em parar de comer quando aquele bolo ou sorvete acabam e fica provando e comendo de 5 em 5 minutos até não ter mais nada.
Os magros comem devagar, conversam na mesa, não estão preocupados com o prato, se deliciam mais com o bom papo do que com a refeição, preferem um delicioso chocolate fino a uma caixa de bombons garoto.
Incorporei atividade física, jogar tênis de mesa, caminhar, pedalar, deixar de ir na padaria e no supermercado de carro, fazer compras em pequenas quantidades para trazer as sacolas carregadas por mim.
Comer verduras ou legumes em todas as refeições e frutas no café da manhã e lanches.
Comer tudo de 1, um pão com queijo, uma fatia de bolo, uma fatia de pizza, 1 copo de suco e me esforçar para não repetir (às vezes que repito e não consigo deixar de ser gulosa deixo de jantar).
Caso eu coma uma fatia de pão naquele dia não como mais pão de jeito nenhum.
Comer peixes, frutos do mar, carnes magras e pouco frango (tenho a impressão que todos os hormônio injetados nos frangos se transportam para o meu corpo).
Abolir rodízios de qualquer espécie.
Aprendendo a cozinhar: Cozinhar comidas saudáveis e transformá las em gostosuras é impagável.
Tomar um copo d’água a cada 1 hora e ter muito saco de ir ao banheiro toda hora para fazer xixi.
Incorporar arroz integral, farinha de trigo integral, pão integral, trocar o queijo por creme de cottage ou ricota, trocar o suco por água, deixar de tomar toddynho (trocar as calorias líquidas por sólidas), comer doces apenas em aniversários, não comprar doces para ficar no armário.
Como sou gulosa e quero sempre servir 4 dedos de bolo, pedir para a aniversariante me servir uma fatia fina e me contentar com ela.
Fazer um prato com proteína, carboidrato, legumunosa, verduras, grãos e azeite.
1 carboidrato é suficiente se eu faço questão do purê, não como arroz.
Não se culpar por vez ou outra meter o pé na jaca e não sentir culpa em comer, o importante é não exagerar mesmo que suas escolhas não sejam tão saudáveis.
Mas vale, uma fatia fina de bolo do que passar jejum e comer o dobro depois.
Descobri o quanto meu intestino funciona melhor quando eu como de 3 em 3 horas, o estômago fica trabalhando o tempo toda e não fica preguiçoso.
Espero que eu possa ter ajudado alguém e eu confesso que não estou em busca de perder peso e sim de eliminá los para sempre.