A vida é um permanente ir e vir.
Uma estação de onde os trens embarcam e desembarcam em curtos espaços de tempo.
É nesse ínfimo intervalo entre a partida e a chegada que algumas pessoas saem da nossa história, enquanto outras entram com a sua meta determinada.
Temos a pretensão de impor as nossas vontades e deixamos de entender que as despedidas, como os encontros, são etapas imprescindíveis à abertura e ao fechamento dos ciclos por que temos que passar.
Entre as perdas e os ganhos há uma nesga de sol para enxergarmos o que realmente vale a pena.
Se nos alongarmos no luto das perdas, passará despercebido o fio de luz que aponta o novo caminho a seguir.
Enquanto não deixarmos no passado o que não pode mais ser, impediremos o futuro de se fazer presente e colocaremos em risco, talvez, a nossa verdadeira felicidade.
Todas as coisas têm o seu prazo de validade, é necessário permitir que vá o que tem que ir para que o novo chegue e diga a que veio.
Assim será sempre até que entendamos ser a vida um jogo cujas peças só mudam de lugar enquanto não encontram o encaixe perfeito, por isso não adianta insistir em mantê las aonde queremos, pois pode não ser esse o lugar dela e, enquanto ela não sair, não encontraremos aquela que é realmente a que preencherá a lacuna.