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Textos de Férias

As sete verdades do bambu
Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: Vovô, corre aqui!
Me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para abraçar seu tronco se quebrou, caiu com vento e com chuva, e
este bambu tão fraco continua de pé Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade.
A figueira quis enfrentar o vento.
O bambu nos ensina sete coisas.
Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.
A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades.
Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.
Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas.
É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também.
Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.
Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sòzinho Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo).
Sabe que vai precisar deles.
Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore.
Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos.
Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.
A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos.
Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos.
Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável.
Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.
A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” ( e não de eu’s ).
Como ele é ôco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco.
Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos.
Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis.
Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos.
Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.
A sexta verdade é que o bambu é ôco, vazio de si mesmo.
Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes.
Ser ôco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.
Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é : ele só cresce para o alto.
Ele busca as coisas do Alto.
Essa é a sua meta.

Eu não me poupo
Minha avó sempre disse que quem poupa, tem.
Lembro das férias de verão lá na praia, o meu irmão economizava a mesada e eu comprava picolés para a família inteira.
É por minha conta, minha conta.
Duas semanas se passavam e eu estava pelada, sem um centavo, mas com a barriga cheia de picolés de chocolate.
Meu pai coloca água no shampoo, pois ele diz que todos são concentrados; a água dilui um pouco e parece que deixa o cabelo mais soltinho, não sei se é lenda.
Nos próprios salões de beleza eles colocam um pouco do produto na sua cabeça e, ali mesmo, misturam com um pouco de água.
Esfregam, esfregam e pronto, que lindo.
Animais em extinção.
Água.
Energia elétrica.
Telefone.
Reciclagem de lixo.
Natureza.
Amizades.
Família.
Amores.
Precisamos cuidar, poupar, tomar conta.
Um dia tudo acaba.
Lá vem a vovó de novo com o seu quem poupa, tem.
Eu lavo o cabelo todos os dias, semana passada meu pai perguntou se eu comia shampoo.
Não, não como.
Lavo duas vezes, todos os dias e meu cabelo é médio.
Médio, para quem não sabe, fica entre o curto e o comprido.
Não é nem um, nem outro.
É médio.
Mas eu não misturo com água, deixo juntar uma espuma gigante, pois adoro espumas.
Lavo até fazer aquele barulho de limpo.
O barulho de limpo, para quem não sabe, é aquele som irreproduzível que a mão emite ao entrar em contato com o seu cabelo encharcado de água.
Depois de passar o condicionador, lógico.
Tem gente que consegue lavar a louça com pouquíssima água, eu não.
Preciso de muita.
E uso muito detergente, você sabe que preciso de espumas para viver.
Sou a maior consumidora de água do planeta, tenho que diminuir, eu sei.
Juro que vou me esforçar.
Vou tentar ser econômica.
Só não me peçam para economizar sentimentos.
Quem poupa, tem Não sei me economizar.
Eu não me poupo.
Nunca soube fingir.
Acho uma espécie de traição fechar os olhos para as vontades.
Se você sente, sinta.
Não maquine ou arquitete qualquer coisa mirabolante, apenas sinta.
Não vou negar que já fugi, já sim.
Inúmeras vezes.
Eu teria que pedir dedos emprestados para conseguir contar.
Nem acho o fugir ruim, às vezes se faz necessário.
Não é errado, o sentimento vai dentro da sua roupa, o problema gruda nas suas costas, mas na fuga você se encontra.
Ou então você larga o que já está usado e quase caindo aos pedaços lá no meio do caminho.
É uma espécie alternativa de exorcismo.
Sai daqui, sai daqui.
Adeus, demônios.
A fuga te liberta do diabo.
Ou então faz com que você perca o medo de voltar.
Porque nós sempre precisamos voltar para algum lugar.
O que foge e o que volta.
O que vai e o que retorna.
É você.
Um você diferente.
Um você modificado.
Se tudo vem da infância, vou voltar lá para o início, no tempo em que eu era mão aberta com a mesada e distribuía picolés.
Não é o dinheiro, é o gesto.
Sempre gostei de fazer mimos e agrados.
Quando eu quero, que fique claro.
Com quem merece, que fique evidente.
Continuo a mesma, hoje em dia não tenho mais atração por sorvetes, meu negócio é outro.
Prefiro esbanjar emoções.
Mesmo que doa.
Mesmo que, um dia, eu possa me arrepender.
Meus arrependimentos duram pouco, alguma coisa me cutuca e diz olha, que bom que você fez.
Que bom que você teve coragem.
Que bom que você sente.
Que bom que você tenta.
Tentar é se arriscar.
E tudo na vida tem metade de chance de dar certo.
E a outra metade De dar errado.
Mas não é poupando que você saberá.
Quem é mão de vaca com os próprios sentimentos acaba por não viver.
Não seja econômico.
Mas use menos água para lavar a louça.