Sou sensível
Telefono para meus amigos no aniversário deles, prefiro ouvir a voz, sentir a alma, olhar nos olhos, chorar junto e gargalhar das alegrias, sou poço preenchido, sou reações às injustiças.
Posso falar de mim, nessas besteiras que escrevo, posso priorizar a mim, nesse contexto de orgulho, não me julgue pelo que valorizo, sou insônia e sou medo, gosto de satisfazer minha curiosidade com energia, sou de encantos perdidos, não quero magoar ninguém.
Dou importância as frustrações, aos rancores e aos ressentimentos, preciso conhecer minha personalidade.
Eu prometo me amar para o resto da vida, comer o que quiser, com absoluta impunidade.
Tenho os meus momentos de desprendimento, cinquenta porcento do tempo não sou assim, sou firme, mas não demonstro aos que me magoaram, não é uma capa, é só deixar passar.
Eu sou uma artista, tenho alma leve, brigo comigo mesma para que continue pluma, acreditava que seria assim para sempre.
Mudei, virei autoritária e exigente.
Muitas pessoas são infelizes apesar de terem muitos motivos para serem alegres, eu me exigia felicidade.
Se uma coisa aprendi com o Amor é que devo ser prática, dar importância ao que tem importância, a possibilidade de morrer deveria fazer brotar em nós o legado que queremos construir em cima da nossa imagem.
Eu me perco dentro da relação comigo mesma, reeducação alimentar é tortura ou castigo, zero empolgação, passou de uma semana fico a um passo da desistência, nunca me senti esperta nesse campo.
Talvez a palavra certa seja inteligência ou talvez o fato de eu me amar de qualquer maneira me deixa desnivelada nesse aspecto.
Eu e a sensibilidade éramos almas gêmeas, tinha poucas horas para defender esta tese, por várias vezes me perdi por estar sensível, sou cortês e predisposta a ajudar, deixei de amar e não posso mais viver com alegria na tua presença, não sou de explicações, o que não me preenche, não me basta.