Não quero olhar para trás, lá na frente, e descobrir quilômetros de terreno baldio que eu não soube cultivar.
Calhamaços de páginas em branco à espera de uma história que se parecesse comigo.
Não quero perceber que, embora desejasse grande, amei pequeno.
Foto: Não quero olhar para trás, lá na frente, e descobrir quilômetros de terreno baldio que eu não soube cultivar.
Calhamaços de páginas em branco à espera de uma história que se parecesse comigo.
Não quero perceber que, embora desejasse grande, amei pequeno.
Aperta o meu coração, uma vontade de dizer sem saber se o outro quer ouvir: cuida de você, você pode, você é capaz, não fica aí nesse lugar.
Vontade de dizer, compassiva, com empatia, porque eu muitas vezes também fiquei esperando.
Até começar a entender que, depois que a gente cresce, a proteção amorosa, o suporte, a delicadeza, precisam começar na nossa relação com nós mesmos Uma benção receber amor.
Mas quando a gente dói, a gente precisa saber formas de cuidar da própria dor com o jeito carinhoso com que gostaríamos de ser cuidados pelos outros, com a delicadeza com que cuidamos de outras pessoas.
A gente precisa se ter, antes de tudo.
O beijo precisa começar em nós.
com Shirley São Paulo e Ana Cabral.
“Mas eu desejo, profundamente, que Deus também ouça as preces que lhe dirijo quando eu não consigo elaborar prece alguma.” com Shirley São Paulo e Rosana Soares.
Foto: “Mas eu desejo, profundamente, que Deus também ouça as preces que lhe dirijo quando eu não consigo elaborar prece alguma.”
“A fé é um exercício pra vida inteira.
Muitas e muitas vezes, eu me distancio incrivelmente dela, achando que posso resolver tudo sozinha.
Não é raro nessas ocasiões, na verdade é bastante comum, eu me atrapalhar toda num turbilhão de emoções que me drenam a energia e o sorriso.
Mas, toda vez que consigo acessá la, de novo, tudo se modifica e se amplia na minha paisagem interna.
( ) Então, faço o que me cabe e entrego, mesmo quando, por força do hábito, eu ainda dê uma piscadinha pra Deus e lhe diga: “Tomara que as nossas vontades coincidam”.
Faço o que me cabe e confio que aquilo que acontecer, seja lá o que for, com certeza será o melhor, mesmo que algumas vezes, de cara, eu não consiga entender.”
Tinha um jeito singular de fechar os olhos quando experimentava emoção bonita, coisa de segundos e coisa imensa.
Era como se os olhos quisessem segurar a lindeza do instante um bocadinho, o suficiente para levá lo até o lugar onde o seu sab Ver mais com Ana Cabral.
Foto: Tinha um jeito singular de fechar os olhos quando experimentava emoção bonita, coisa de segundos e coisa imensa.
Era como se os olhos quisessem segurar a lindeza do instante um bocadinho, o suficiente para levá lo até o lugar onde o seu sabor nunca mais poderia ser perdido.
Eu via, olhos do coração abertos, e nunca mais perdi de vista o sabor desse detalhe.
Porque quem ama vê miudezas com olhar suficiente pra nunca mais se perderem.
Intimidade é quando a vida da gente relaxa diante de outra vida e respira macio.
Não há porque se defender de coisa alguma nem porque se esforçar para o que quer que seja.
O coração pode espalhar os seus brinquedos.
Cantar a música que cada instante compõe.
Bordar cada encontro com as linhas do seu próprio novelo.
Contar as paisagens que vê enquanto cria o caminho.
Andar descalço, sem medo de ferir os pés.