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Poesia sobre o Estudante

Apesar do pouco tempo como estudante de economia, apesar de ter sido jubilada de uma universidade federal tamanha falta de paciência com o sistema desorganizado dessas universidades, uma coisa pude aprender: Os recursos são limitados.
Dói me ver desperdícios de água como se não fosse acabar nunca, me dói ver lixo sendo jogados nas ruas, nos igarapés, nos rios, mares, me dói saber que a coleta seletiva da minha metrópole Manaus não chega a 1%.
Dói me a falta de educação ambiental, a falta de consciência, a falta de cuidado com a natureza, com o meio ambiente.
Sou chatinha quando o assunto é meio ambiente.
Ajudei a implantar 2 projetos na empresa, um trocando o copo descartável por canecas personalizadas e individuais e outro de reciclagem de papel que consiste apenas na separação e a empresa vem coletar o material.
As enchentes quase contumazes do Amazonas trás junto a doença e o lixo.
São toneladas de lixo recolhidas por dias, são infinitas garrafas pets, vidros e pasmem geladeiras, fogões e sofás velhos despejados no rio.
O trabalho de conscientização é quase nulo somado a preguiça de jogar o lixo no lixo.
Aqui em casa faço a separação do lixo e a cada sacola cheia deixo no porta malas do carro teve uma vez que fui buscar uma amiga no aeroporto e o porta malas não tinha espaço para a mala da minha amiga são materiais lavados e secos então não fede, não atrai bichos nem nada.
Fica no porta malas pois assim que vou no Makro já os deixo, pois tem ponto de coleta.
Porque não fica em casa até eu decidir ir para os Makro Porque sempre decido passar quando já sai de casa e lembro que falta comprar alguma coisa.
Nada é calculadamente programado.
Sou muito livre para essa coisas, às vezes me programo pra ir e desisto, outras vezes não programo e quase sempre vou.
Uma coisa eu tenho certeza, Deus perdoa, a natureza não esquece.
Depois nos lamentamos por centenas de catástrofes.
São apenas colheitas, péssimas colheitas.

Ninguém faz nada só, sempre é necessário mais um.
O estudante que dedica suas horas ao próprio aprimoramento intelectual precisou do doutrinador que publicou o livro.
O corredor que vive pra bater seus próprios recordes precisou do inventor do cronômetro pra marcar seu tempo.
O homem que chegou à iluminação precisou ser guiado pelo iluminado que lhe ensinou o caminho.
Simplificando a história, pra você estar aqui experimentando a vida nesse plano, foi necessária a união de dois gametas.
Não se perca levantando a bandeira do UM, do individual absoluto ou de uma suposta liberdade dos laços em prol do próprio crescimento, aqui tudo é DOIS ou mais.
Naquela história das "minhas próprias experiências" quantas pessoas cruzaram seu caminho Ninguém passa sozinho por lugar nenhum.
Quanto mais longe se tentar ir sozinho, mais distante se chega de si mesmo, o homem é um animal político.
"Cada um faça por si pra merecer o que é seu", disse um sábio, e nem aí se está só, porque alguém precisa avaliar o seu merecimento e lhe dar o que é seu por direito, essa avaliação não lhe cabe, sabendo disso muitas frustrações cessariam, haja vista essa tendência humana de taxar como injusto tudo aquilo que não sai como se quer.
Guardo o devido respeito ao tempo que se deve dedicar a si mesmo, às vezes peregrinando, às vezes simplesmente se recolhendo por algum tempo, mas, pense bem, nem aí se está só, Deus é contigo.
O homem não pode tornar se escravo disso, nem estabelecer prazo como se fosse matemática, a vida é dinâmica, fluídica e acontece enquanto o tempo passa, as oportunidades aparecem e não existem regras taxativas, a hora que se passa nunca mais é revivida.
Aqui absolutamente TUDO é dois, mesmo o tal do amor próprio demanda o contato com segundos e terceiros, outras experiências, pra se solidificar.
A solidão é um estacionamento, "pretensão de quem fica escondido fazendo fita", diria Cazuza

FUI TROCADA PELA OUTRA
Cadê eu
Onde é que eu fui parar mesmo
Me levaram para algum lugar distante, me prenderam ou me mataram.
Mas aqui eu não estou.
Não! Eu não estou aqui (pelo menos para ELES).
Me despersonalizaram em suas mentes, enterraram a minha identidade.
E agora só existe a minha OUTRA “parte” (estudante de Psicologia).
Preferem ela, porque é muito mais fácil olhar para alguém e vê um rótulo, do que deixar o comodismo de lado e atravessar a margem de sua superfície.
Eu não penso, eu não sinto, eu não raciocino, eu não ajo, eu não aprendo Só a OUTRA faz essas coisas! Portanto, “eu” não faço nada que não seja baseado nas teorias estudadas na academia.
O meu olhar para o outro, e a minha curiosidade ao fazer várias perguntas quando converso com alguém, nada disso me pertence, nada disso sou eu.
Porque EU não estou aqui, quem está aqui é somente a OUTRA.
E se a OUTRA é quem faz tudo em minha vida, então, ELA não pode se desequilibrar em momento algum.
“Raiva Tristeza Medo Ansiedade Não, nem pensar! Que Psicóloga é essa ” – É isso mesmo, “Psicóloga”, nem esperaram ELA concluir o curso ainda.
Mas, mesmo se ELA já tivesse concluído, ELA deixou de ser um ser humano Virou robô Assim como o médico, por exemplo, só por ser médico, isso quer dizer que ele não pode adoecer
Cadê eu
Onde é que eu fui parar mesmo
Se você me encontrar por aí, ou melhor, por aqui, muito obrigada! Ficarei muito feliz por ter sido reconhecida.
Afinal, não é legal ficar “perdida” por tanto tempo, não é mesmo
[25/12/15]