Parece um absurdo, e no entanto é a exata verdade, que, se toda a realidade for vazia, não haverá mais nada de real nem de substancial no mundo além das ilusões.
A espera intensifica o desejo.
Na realidade, ela nos ajuda a reconhecer quais são nossos verdadeiros desejos.
Ela separa nossos entusiasmos passageiros de nossos verdadeiros anseios.
O homem é um castelo feito no ar.
O que ele tem de não existente, é que lhe dá existência.
O engano em que ele vive, é que lhe dá vida.
Toda a realidade do seu corpo se firma na mentira da sua alma.
Mais vale o erro em que se crê do que a realidade em que não se crê; pois não é o erro, e sim a mentira, o que mata a alma.
Humilde é a pessoa que não afasta de si a crença do Infinito, a realidade das suas pequenas pegadas na vida e não aquela que se desmerece, que insulta o seu corpo e a sua alma, que se enfurece contra si mesma.
Aceitar a sua humilhação é consentir na humilhação do seu próprio Deus.
Nas almas medíocres e superficiais actua sobretudo a realidade transitória das linhas e dos sons, das formas e das cores.
As naturezas elevadas, ao contrário, são sempre objectivas e metafísicas.
É terrível dizer, mas, no fundo, o amante não está querendo saber quem é em realidade seu parceiro.
Estouvado em seu egoísmo, ele se contenta de saber que o outro lhe faz um bem incompreensível Os amantes permanecem um para o outro, em última análise, um mistério.
O mundo observado é apenas uma aparência; na realidade, nem sequer existe.
A filosofia dos Vedas tentou ilustrar este seu dogma fundamental através de várias metáforas.
A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material.
O maior prazer está na contemplação.