O homem, antes de tudo, é poeta, por mais gordo ou adaptado à rotundidade planetária; e depois é pedagogo, aferidor de pesos e medidas, engenheiro, deputado e outras deformidades sociais.
O homem é um castelo feito no ar.
O que ele tem de não existente, é que lhe dá existência.
O engano em que ele vive, é que lhe dá vida.
Toda a realidade do seu corpo se firma na mentira da sua alma.
O amor é fome de outra vida, desejo de transitar.
Quando dois amantes de abraçam e beijam, entredevoram se, morrem um no outro, de algum modo, e transitam para um novo ser.
O homem é feito de água.
Seria uma estátua incolor e transparente, quase invisível, se não fosse a armação de pedra em que se firma e as várias imagens misteriosas reflectidas na sua superfície.
O amor é fome de outra vida, desejo de transitar.
Quando dois amantes de abraçam e beijam, entredevoram se, morrem um no outro, de algum modo, e transitam para um novo ser.
A vida não pode ficar em nós, a repetir se, que repetir é estar parado, é ocupar o mesmo lugar.
A sociedade é uma colecção de cidadãos ou fantasmas, criaturas expulsas da Existência natural, por interesse colectivo.
Que são os homens, diante do Homem