O fato mais grave, me parece, é uma escola recorrer essencialmente ao medo, ao constrangimento e a uma autoridade artificial.
Esse tratamento destrói nos estudantes o gosto pela vida, a sinceridade e a confiança em si mesmos.
E gera pessoas servis.
É curioso como não sei dizer quem sou.
Quer dizer, sei o bem, mas não posso dizer.
Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.
Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que às vezes poderíamos ganhar pelo medo de tentar.
Um povo que lê, um povo alfabetizado, que sabe escrever não tem medo de perder sua cultura.
Escreve livros, bota nas bibliotecas e vai ver novelas.
Quando alguém encontrar seu caminho, não pode ter medo.
Precisa ter coragem suficiente para dar passos errados.
As decepções, as derrotas, o desânimo são as ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.
Nós somos casas muito grandes, muito compridas.
É como se morássemos apenas num quarto ou dois.
Às vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas.