No amor podemos substituir uma pessoa por outra, mas não na amizade, porque cada amigo tem o seu lugar e não podemos substitui lo.
Uma coisa é o amor, outra é a relação.
Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de fato, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam.
Nós somos casas muito grandes, muito compridas.
É como se morássemos apenas num quarto ou dois.
Às vezes, por medo ou cegueira, não abrimos as nossas portas.
Os fins de semana são horríveis para os casamentos.
Em Portugal resolveram o problema com um jornal enorme, que vem em saco plástico.
Quando se critica, estamos a julgar.
Se julgarmos já não compreendemos, porque julgar implica condenar ou absolver.
Idealmente, a missão da crítica seria ajudar a ler.
Em teoria, o crítico será um leitor mais atento do que os outros.
Não tem necessariamente que emitir juízos de valor.
Temos tendência a gostar só dos que são da nossa família, as ideias confundem se com as nossas paixões.
A cultura assusta muito.
É uma coisa apavorante para os ditadores.
Um povo que lê nunca será um povo de escravos.
Teria dificuldade em viver com uma mulher que escrevesse.
Eu nunca seria o mais importante na vida dela, viria sempre depois dos livros.