Os escritores superficiais, como as toupeiras, julgam frequentemente serem profundos, quando estão, no entanto, demasiadamente perto da superfície.
No mundo dos escritores as estatísticas obscurecem as almas.
Vidas inteiras são engolidas por números inteiros.
Os escritores de ficção científica prevêem o inevitável e, ainda que os problemas e as catástrofes possam ser evitáveis, não há soluções.
A alegoria chega quando descrever a realidade já não nos serve.
Os escritores e artistas trabalham nas trevas e, como cegos, tacteiam na escuridão.
Os escritores para crianças ou são chatos ou corruptores.
De resto, só escreve expressamente para crianças quem não sabe fazer outra coisa.