Um reino dividido não resiste às investidas do adversário.
Um ser humano dividido não consegue viver com dignidade.
Há épocas de tal corrupção, que, durante elas, talvez só o excesso do fanatismo possa, no meio da imoralidade triunfante, servir de escudo à nobreza e à dignidade das almas rijamente temperadas.
O circo ensina as crianças a rir da dignidade perdida dos animais.
Nesse caso, a humanização dos bichos reflete claramente a falta de humanidade das pessoas projetada em um macaco de vestido, camuflada sob os risos.
Não hás de apreciar a pessoa pela aparência, mas pela função.
Pondera o exercício da sua função e reconhece a sua dignidade.
Cada qual se veste com a sua dignidade por fora, diante dos outros; mas sabe muito bem tudo de inconfessável que se passa no seu íntimo.
Aceitar a dignidade de outra pessoa é axiomático.
Não tem nada a ver com dominação, apoio, ou atos de caridade em relação aos outros.
A quantas pessoas dará de comer Mas são elas dignas de o comer Não, claro que não.
Não há ninguém digno de o comer tal é o seu comportamento, a sua grande dignidade.
No restaurante, se te recusares a comer uma iguaria, é a gerência que entra em neurose e a culpa é de toda a gente menos tua.
Em casa, o facto de não gostares (e de não comeres) é julgado como uma falta de amor, de dignidade, de tento, de tudo.