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Histórias Tristes

A Nogueira e o Carvalho
Vou lhes contar uma história
Triste,ou alegre,quem vai saber
Uma certa gata,se escondia nos galhos de uma nogueira,sua árvore desde sempre.Ela tinha medo de sair,pois seus passeios nunca acabavam bem.Se limitou aos arredores de sua árvore, onde se sentia segura,pois fora educada a viver dentro do circulo,por conta seus instintos.Uma fera educada para ser,nem mesmo a sombra do que nascera pra ser.
Viu todas suas amigas evoluírem,tornarem se lindas e exuberantes nas mais variadas espécies, umas com asas e outras vantagens, e ela porém presa ao chão,ao seu galho,furtiva nas folhagens
Um dia,cansada de apenas circular,quis dar uma volta,e foi até as margens do Rio,beber e comer,quando viu algo tão inesperado,pois que a figura si afugentava qualquer um que a visse,então não entendeu porque ele não fugiu,e já desconsertada parou seus passos diante dos olhos paralisantes dele que disse:
  Oi,tudo bem
Sua resposta foi toda atrapalhada,mas manteve sua pose,afinal todos fogem:
  Sim,obrigada.
Ele sorriu,e continuou o seu caminho,ela o dela,mas não antes de se olharem atentamente.
A expressão curiosa e misteriosa daqueles olhos não saíram mais da mente.Virava e mexia,eles a encaravam, como se olhassem além,como se vissem além dos olhos lindos profundos e tristes dela que se sentiu despida,invadida,profanada,mas muito atraída.
Ela comeu e bebeu,mas o tempo todo uma sensação de estar sendo observada.Quando terminou voltou para o seu galho.
Lá de cima,em meio as folhas,percebeu que ainda não tinha reparado a vista maravilhosa que tinha.Todas aquelas copas de árvores, umas altas,outras baixas,a passarada fazendo festa,seus olhos se abriram de uma maneira tão ampla que nada cabia no seu campo de visão.Então olhou lá, próximo a margem sob a sombra do carvalho, estava ele que também olhava para ela,coisa que ele fazia já havia algum tempo.
Os dias se seguiram,e ela mal podia esperar que eles se esbarrassem outra vez.Ela voltou no Rio,e não o viu.
Foi então,que passava por ali um rebanho,não muito numeroso,mas que iria aumentar no encontro do Rio com as águas da Cachoeira,lá estava ele,passando no meio do gado,faceiro e presunçoso,olhou para ela que também passava, sorriu como quem a desafiasse a continuar olhando,e ela cedeu aos seus instintos, não recuou,aceitando o desafio.
Aquela troca de sorrisos e olhares,durou o suficiente, até o encontro das águas, depois dali cada um tomou seu rumo.
 Dias depois ele estava à beira do Rio,debaixo do seu carvalho, quando ela chegou,silenciosa,mas ele já sabia da presença dela,e tentou deixá la mais à vontade.
  Segundo nossas naturezas, um de nós não sairá vivo desse encontro.
  Faz tempo que não me alimento. retrucou ela com destemor.
  Eu também,entretando tenho sangue frio,posso ficar meses sem me alimentar
  Isso não faz de você mais forte.
  Nem fraco.Te observo já faz tempo.Nunca vi uma fera tão pacata,você se segura muito, por quê Você é linda,e se esconde Tem um poder que poucos tem e muitos desejam.Sua natureza é livre,e não aproveita,fica deitada lá em cima,o mundo não é só o seu quintal.
 Ela se assustou com o que ele dizia:
  Não sou nenhuma fera!
  Não negue quem você é!
E caminhando até a beira d'água,ele mostrou para ela um reflexo na água:
  O que vê
  Uma onça.
  Eu vejo uma fera,presa por correntes e jaula invisíveis.Uma fera linda,cheia de um potencial desconhecido por ela mesma. ela olhou demoradamente para o que via,de uma forma jamais vista por ela própria, encontrou a criatura a quem ele se referia,ele virou o rosto dela para ele e olhou profundamente nos olhos dela,alisou seu rosto delicadamente e continuou tens uma beleza rara,uma pureza que nunca vi,do que você tem medo
  Há muito não via esta fera,e é melhor que continue assim.Dessa forma não haverá estragos desnecessários, vidas serão poupadas,e todos ficarão bem.
  Menos você! disse ele com pertinência.
  É um preço.
  Que você não precisa pagar sozinha.Liberte se!
 Olhando triste para a imagem na água, ela disse:
  Não posso,é arriscado demais,muito perigoso..
 Se virou rapidamente,e num salto sumiu.
( continua)

Don Quijote de la Mancha, o Cavaleiro da Triste Figura Quem não conhece sua historia Sua luta ingloria contra os poderosos E vamos ver que existem alguns Dom Quixotes modernos
Osculos e amplexos,
Marcial
VAMOS CONHECER OS NOVOS DON QUIXOTES
Marcial Salaverry
Puxando pela memória, lembro me de que há algum tempo atrás, um colega meu de bancos escolares, resolveu escrever um romance épico, contando a história de alguém que clamava pela justiça, e que procurava o amor.
Claro, que é uma fábula, porque figuras assim não encontramos com facilidade
Esse meu amigo atendia pelo nome de Miguel de Cervantes Saavedra, e o livrinho que escreveu recebeu o nome de Don Quixote de la Mancha.
Não sei se muitos ouviram falar, pois foi escrito há apenas 400 anos, mas seu lançamento foi mostrado pela Globo, com narração do Cid Moreira.
Estou relembrando, porque venho notando que estão surgindo alguns Quixotes e Quixotas por este mundo afora, e que também clamam por paz e justiça, e procuram o amor.
São poetas e escritores que galhardamente procuram através de seus escritos, acender uma luz, por pequena que seja, dentro da consciência desta humanidade que parece mais empenhada em se destruir do que em sobreviver.
Como Don Quixote, que seguido por seu fiel escudeiro Sancho Pança, de lança em riste enfrentava terríveis inimigos, atacando quantos moinhos de vento surgissem pelo caminho, esses Quixotes de hoje, seguidos por seus fiéis leitores, usam a lança de suas palavras, enfrentando a incompreensão de muitos que acham bobagem falar em paz e amor, que são coisas do tempo de Cervantes, e estão completamente fora de moda.
O que realmente importa, em sua maneira de ver, é a força do poder, que deve ser conseguido a qualquer custo.
São esses os moinhos de vento que temos de enfrentar.
Simplesmente a ganância e sede de poder.
A ambição maior desses moinhos, é seguir sempre girando suas pás, derrubando todos aqueles que cruzarem em sua frente.
Esquecem se de que depois que derrubarem o último obstáculo, nada restará para comandar.
De que valerá então o poder conquistado
Don Quixote jamais conseguiu reunir se à sua Dulcinéia porque não conseguiu destruir os moinhos que enfrentou, mas ele não desistiu, e tentou até o fim.
Mas sempre escutava as zombarias do populacho que apenas achava ser ele um pobre louco, sem entender o real significado de sua inglória luta contra os empedernidos moinhos.
Não entendiam que na realidade, ele enfrentava a incompreensão e a falta de humanidade, algo que infelizmente resistiu à passagem do tempo, ficando cada vez mais forte.
Os Quixotes modernos, apesar de enfrentar os mesmos problemas, tendo que lutar contra os mesmos inimigos de Don Quixote, tem um apoio maior de seus “Sancho Pança”, que começam a dar maior apoio, repassando seus escritos, dando ênfase aos clamores de paz.
Sempre insistindo, e contando com o apoio de atuantes Dulcinéias que, ao contrário da real Dulcinéia, que se limitava a lamentar as derrotas de seu amado, estas arregaçam mangas e acompanham os Quixotes em sua luta, colaborando para a divulgação de seus feitos.
Podemos inclusive notar que atualmente existem Quixotes e Quixotas, existem Sanchos e Sanchas, e existem Dulcinéias e Dulcinéios.
Só precisa haver uma união maior entre todos, e, entrando no espírito quixotesco da coisa, vamos de mãos dadas, com união, enfrentar os moinhos de vento.
Quem sabe conseguiremos vence los Vamos tentar Para isso será necessário superar certas disputas internas, certas quizílias que acabam dividindo os quixotes, ao invés de uni los.
E para encarar os terríveis moinhos de vento, não podemos fazer como o velho Don Quixote, que os enfrentava só, armado apenas com sua lança.
Mas isso me parece quixotesco demais, pois os moinhos particulares chamam se vaidade, orgulho e aí, a coisa complica.
Não podemos é desistir.
Claro que derrubar os moinhos é tarefa por demais complicada, pois os nossos moinhos são representados pelos lideres mundiais que apenas se deixam levar pela sede de poder e pela ganância de cada vez querer mais poder, mesmo sem poder.
Então procuram destruir o que está feito, para enfraquecer a humanidade.
Coisa de doidos mesmo essa insana luta contra a Paz.
Para não desanimar os Quixotes, vamos começar conseguindo nossa paz interior, e procurar transmiti la com UM LINDO DIA, e vamos procurar repeti lo por todos os dias que ainda teremos pela frente