Precisando, portanto, um príncipe, de saber utilizar bem o animal, deve tomar como exemplo a raposa e o leão: pois o leão não é capaz de se defender das armadilhas, assim como a raposa não sabe defender se dos lobos.
Uma vez que não podemos ser universais e saber tudo quanto se pode saber acerca de tudo, é preciso saber se um pouco de tudo, pois é muito melhor saber se alguma coisa de tudo do que saber se tudo apenas de uma coisa.
Não penses que a sabedoria é feita do que se acumulou.
Porque ela é feita apenas do que resta depois do que se deitou fora.
Como saber que se falhou, se não sabendo como não falhar Mas então porque se falha E se saber que se falha é realmente ignorar como se não falharia Sabemos de outros que não falharam, porque sabemos então neles o que é não falhar.
Duas verdades em que os homens em geral nunca acreditarão: a primeira, a de não saber nada, a segunda, a de não ser nada.
Acrescente a terceira, que depende muito da segunda: a de não ter nada a esperar depois da morte.
Tudo é mutável, tudo aparece e desaparece; só pode haver a bem aventurada paz quando se puder escapar da agonia da vida e da morte.