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Tiago Szymel

Sei que existem muitas áreas na vida de um indivíduo, mas de alguma maneira a área afetiva tem um peso maior sobre as outras.
Eventualmente gastamos mais energia com aquilo que pesa mais.
Somos seres estranhos às vezes, já parou pra pensar que conhecemos muitas pessoas ao longo da vida, mas metade de meia dúzia apenas é capaz de fazer de alguma maneira “cósmica” inexplicável cientificamente, é capaz de chamar atenção dos nossos olhos
Mas não é aquela atenção superficial de um rosto bonito ou um ser humano elegante, é a atenção que anula todo resto, é uma atenção que torna a presença importante, é uma espécie de atenção que se chama a atenção de uma forma rara, única, até mesmo os desejos se afloram umas 100 vezes, desejos afetivos, sexuais, emocionais, sentimentais.
Ahh o amor , é desse bicho escroto e lindo que estou falando.
Quem não sentiu ainda que por alguns momentos, ainda não viveu o sabor do desabrochar de uma flor.
O sabor da manhã de manhãzinha abrindo a janela e olhando pro jardim, o sabor de caminhar de mãos dadas sem perceber que ali é um dos momentos mais lindos e importantes da vida, pois tem também um sabor de que sempre foi assim, são tantos sabores.
O sabor da paz, o sabor da amizade profunda, o sabor da parceria, o sabor de ter tanto brilho ✨ ali que se faz desnecessário a busca de brilho externo em momentos rasos.
É, a vida é uma grande jornada de sabores, sabores provados em lugares, momentos e pessoas raras com conexões profundas.
Todo resto é mero passatempo na jornada afetiva.
Tiago Szymel
10/10/2018 10:10 HS

Fiquei gigante para tornar pequeno aquilo que era grande.
Reprogramei todas as fórmulas aprendidas para tornar insignificante a equação do amor.
Cheguei até a desconstruir e retirar todo peso da palavra amor.
Duvidei de tudo.
Questionei tudo.
Pausei a vida enquanto buscava abrigo no escuro.
Nadei no vazio.
Mergulhei na desconstrução de tudo que fui e tudo que poderia vir a ser.
Silenciei.
Terminei com as palavras.
Tornei irrelevante as viagens do pensamento.
Aprendi a arrancar as dores com a mãos, como quem arranca um capim duro da terra seca.
Nesse arrancar, trouxe o barro.
Trouxe a terra.
Muito barro e muita terra.
A terra e o barro eram na verdade minha carne viva sangrando em minhas mãos.
Arranquei minha carne e meu sangue como quem amputa um membro do corpo para se salvar.
Rastejei na lama, sem membros, sem forças e cheio de fracassos.
Respirei e em um gesto quase que súbito, fui deixando de vegetar e voltando a sentir o calor do sol na pele.
O ânimo voltou.
Quem eu era voltou, diferente mas voltou.
Caminhei.
Os pés doeram, como quem tem vidros embaixo da pele cortando enquanto tenta caminhar.
Não conseguir correr como o maratonista que fui um dia.
Mas pelo menos caminhei como um recém acidentado tentando ficar em pé na fisioterapia após um acidente.
Perdi toda vergonha na cara.
Perdi todo orgulho.
Me perdi no caminho.
Morri e vivi ao mesmo tempo como um morto vivo preso a vida por um fio, por uma linha.
Me despedacei em lágrimas.
Me esquartejei em dor.
Mas sobrevivi.
Continuei.
Toquei.
Minha força voltou.
Meus sonhos voltaram.
Meu eu melhorado ressurgiu.
Minhas inquietudes emocionais se estabilizaram.
Depois de tudo isso eu só descobri uma coisa: olhe pata o horizonte, acredite nas histórias contadas estrategicamente pela psicologia positiva para auto cura.
Reze, tome água, café ou chá.
Se quiser até se dope.
Tudo em alguma medida funcionará.
Mas não pare.
Se você verdadeiramente parar e olhar de frente, olhar nos olhos do vulcão , ele irá cuspir larvas como quem vomita todo mau está entalado na garganta de uma única vez.
Vai queimar tudo.
Vai arrebentar tudo.
Vai derreter toda história, texto ou contexto de insignificância.
O verdadeiro e único amor, é tudo.
O verdadeiro e único amor que uma pessoa sente uma só vez na vida é qualquer coisa, exceto insignificante.
16:46 19 de maio 2019

Amores são vinhos Rascunho II
‘’Quando o sol bater na janela do teu quarto, lembra e vê que o caminho é um só’’, essa é uma canção do Legião Urbana que escolhi para escutar enquanto início mais um textinho
Nesse papo de vinhos, de vinhos raros e doses que embriagam encontrei um pé de uvas, ou se preferir ‘’ encontrei uma videira’’.
Pesquisando no dicionário informal o que significa videira, essa foi a resposta: (Palavra que conota, aquilo que dá vida, que tem capacidade de fornecer alimento, seja físico e ou espiritual).
Entretanto prefiro levar para o lado pé de uvas mesmo, no sentido da fruta
Se amores são vinhos, será que estaríamos agindo errado se disséssemos que a fonte do amor é a árvore e seus frutos que servem essencialmente para produção dos vinhos Pois é, encontrei uma fonte Você também já deve ter encontrado alguma dessas por aí, e pelo visto como em um padrão insistente, só encontramos quando estamos na direção contrária á busca agoniante, desesperada e ativa.
Sabe aquela frase clichê ‘’ Cuide do Jardim para que as borboletas bla bla bla’’, ou aquela ‘’ o universo é um eco que retorna o que você emite ‘’, isso nunca tinha feito sentido nas minhas concepções, mas fez, fez tanto que umas das frases mais definidoras do que sinto agora é a de Pitágoras : Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo
A vida da gente é bem assim, você vai vivendo e experimentando garrafas de uma bebida doce, ás vezes suave, ás vezes com um amargo, mas sempre com sabores que instigam nossos paladares a experimentar mais, quando menos se percebe já somos todos enólogos ( especialistas em vinhos), pensamos entender tudo, desde o processo de produção até o marketing de relacionamento, porém esquecemos que sempre há uma forma nova de misturar os ingredientes, sempre o bem vence Acredito que sim, por mais que os caminhos sejam sinuosos, sempre, de alguma maneira as coisas vão levar para uma única estrada, um único caminho chamado amor.
De vinho em vinho vamos enfraquecendo nossa fé, da mesma forma que a criança que acreditava em coelho da páscoa percebe que tudo era um a mera ilusão, nem por isso deixa de gostar de chocolates, ou se vier a ter um filho um dia, não romperá com o encanto da ilusão.
Devemos ser assim! Devemos não desacreditar na nossa felicidade, sei que sentir dor é uma sensação enfraquecedora, que nos corrói e não é fome, a dor nos corta e não é faca, a dor nos tira o sossego, nos rouba de nós.
Sabemos que depois de uma ressaca, beber é um dos últimos desejos em sua lista de decisões, ok, isso não está errado Apenas deixe a vida ir fluindo, vá se esvaziando desse liquido com teores alcoólicos que ficaram em sua corrente sanguínea e pense a respeito de novos vinhos, se isso te irritar mais ainda e não houver mais nada que lhe conforte, pense no que aconteceu comigo, pense na possibilidade de encontrar uma videira, pense em experimentar a uva direto do cacho, pense na possibilidade de criar novos vinhos, com informações amadurecidas, com ás percepções mais sensíveis e em especial com o paladar mais apurado.
Acredite, sua língua possui muitas terminações nervosas, capaz de sentir inúmeras sensações ao entrar em contato com determinadas substâncias.
Entre um vinho e outro, uma embriaguez e outra, uma ressaca e outra você encontrará seu cacho de uvas perfeito.
Pelo menos perfeito para o momento que você precisa, sem ter que ser perfeito igual nos filmes infantis, não precisa ser perfeito ‘’sempre’’, pode ser perfeito por 5 minutos, 5 dias pode ser perfeito sem tempo, sem apego, sem paranoia, sem posse, sem obrigação, pode apenas ser perfeito porque é saboroso, ou porque te faz bem.
Aprenda apreciar certos vinhos, ainda que não acredite mais em bebidas que compensem o gole, muda a estratégia, não compre mais aquele vinho barato do supermercado, também não zere sua conta bancária para comprar aquele vinho extremamente raro, faça você seu próprio vinho.
Por: Tiago Szymel
Ano: 2016

Amores são vinhos Rascunho 1
Amores são vinhos, algumas doses embriagam, nem por isso devemos deixar de experimenta las.
Hoje é um daqueles dias em que preciso escrever para não morrer sufocado.
Enquanto digito as primeiras palavras, no fone a música que ecoa ''Outra Noite Que Se Vai, cantor Armandinho ''.
A vida é tão cômica ás vezes, até mesmo nas tragédias emocionais ainda existem pequenas faíscas de diversão.
É impressionante a quantidade de ''ERROS'' que as pessoas cometem, quando cito PESSOAS, me refiro á todos, incluindo eu.
A diferença é que em alguns momentos erramos mais, em outros, menos.
Nas relações, alguns erros podem ser fatais, tão fatais como uma bala perdida que derruba instantaneamente algum inocente.
Não importa se esse inocente já errou antes, se errou mil vezes, naquele momento era apenas uma pessoa sem culpa suficiente para receber uma bala.
Essa relação de semelhança entre coisas ou fatos distintos mais conhecida como analogia, pode explicar facilmente a porcaria da flecha, de um tal '' cupido '', todo mundo já foi, está sendo ou será flechado um dia..
Não adianta dizer que não! Faz parte da natureza humana.
Acontecem poucas vezes na vida, as vezes com tanta profundidade que é inevitável o corte na tentativa de retirar a ponta de aço do meio do peito.
Talvez você leia e pense, nunca aconteceu comigo! Ok, cedo ou tarde acontecerá.
Não leve para o lado ruim, ser atingido por sentimentos internos que bagunçam toda tua mansidão interna, te ensurdecem e te fazem perceber o quanto a vida e todas suas tonalidades podem ser mais sensíveis, ou o quanto de mistérios possuem as entrelinhas, o que a boca não diz, o que os olhos percebem e por aí vai, é algo que te faz amadurecer.
Você só tem que ter consciência de que certos sentimentos roubam tua coerência, teu pé no chão, tua racionalidade plena, ao saber que é assim o funcionamento das coisas, você tem a opção de viver essa loucura ou não.
Poderia falar disso por horas, por dias, talvez meses, mas para não ficar chato e tomar muito seu tempo nem o meu, vou retirar da maior profundidade do meu ser o meu conselho para você.
Vá em frente, seja idiota pelo menos uma, duas ou três vezes na vida, sinta adrenalina ao se olhar no espelho e se sentir a pessoa mais feliz do mundo, durma abraçado, faça amor com desejos que vão além da pele, além do desejo, além dessa vida, mergulhe, agrade, se envolva mesmo, mas só se for de verdade, deixe ser abraçado por sensações estranhas, sinta saudade, sorria muito, chore pra caralho, mas só se for junto, pense nele(a), pense em você, pense em vocês dois, faça planos, realize, se realize, realize o outro, seja o seu melhor sem culpas, não se julgue por ser uma pessoa maravilhosa para alguém '' mesmo que essa pessoa em alguns momentos não reconheça '', faça por você, faça por ela, faça pela simples vontade de fazer, acorde cedo em um dia de descanso só para fazer alguma coisa para aquela pessoa, desmarque um compromisso importante, deixe comprar algo pra você e compre pra ele(a), não sempre, não todo dia, mas de vez enquanto, encoste a cabeça dele(a) no teu peito e faça dali melhor morada, dê conforto, ofereça abrigo, no dia frio, no dia chuvoso, na noite escura, ou em qualquer momento que ele(a) precise, mesmo que não saiba, esteja lá, esteja ali, viva tudo que tiver que viver, com toda intensidade que puder colocar, com todo afeto que for capaz de sentir e externar, faça uma, duas, faça 10 mil declarações, prove de todas as maneiras o quanto você se importa, o quanto você quer bem, o quanto você consegue ficar mais forte com esse sentimento que causa incômodo, indisposição, desconforto mas trás uma porcaria de sensação deliciosamente única.
Esse é meu conselho, para viver de verdade, você tem que correr riscos, ''bung jump'' não é para qualquer um, mas imagino que a adrenalina de pular em queda livre de cabeça para baixo, deva ser algo como viver o que (apenas os corajosos) conseguem viver em uma relação afetiva.
Sim, a corda pode quebrar São riscos!
Assim como os erros que eu, você, ele ou ela podem cometer e felizmente ou infelizmente '' sempre cometem'', e toda corda que unia e sustentava, ou dava sentido a tudo vivido, se quebra.
Amores são vinhos, algumas doses embriagam, nem por isso devemos deixar de experimenta los.
Por:
Tiago Szymel
Ano: 2016

Barco na Beira do rio.
Éramos animais, como qualquer outro animal vivo na natureza.
Buscando apenas a existência através da sobrevivência, tudo meio com base nos instintos, desde da alimentação, ao repouso até o sexo e a reprodução.
Então de alguma maneira ( existem teorias diversas), mas vou chamar de “alguma maneira” começamos a evoluir no processo de pensar, a coisa tomou tanta proporção que percebemos que conseguíamos modificar a nossa natureza.
Passamos a usar nossa consciência crítica, analítica como um motor para sermos qualquer coisa que nossa imaginação fosse capaz de visualizar.
Cada serhumaninho durante a sua existência produziu o que chamo de barco na beira do rio.
É bem simples o conceito, você nasce, cresce, e percebe o mundo a sua volta, diante disso você avança o máximo que pode, seja com um feito prático ou teórico, quando você morre seu conhecimento se transforma em um barco na beira do rio, quem vem depois aproveita isso para avançar mais um bocado e o ciclo continua.
Acontece que milhares de anos depois, não sabemos mais o que de fato é real.
É como se nada de fato fosse real, partindo do princípio de que tudo foi criado por alguém em algum momento da história ( certas criações foram incríveis e nos mantém vivos até hoje, outras depois de alguns séculos nem tão incríveis assim).
Tudo bem que existem os instintos humanos, a biologia e o próprio inconsciente indecifrável, mas ainda assim toda realidade é uma fantasia que escolhemos tornar realidade para que a existência do homem tenha algum sentido mais lógico.
Exemplo : você come carne de cachorro Pode ser que sim, pode ser que não.
Depende de onde você viveu e o que aprendeu.
Outro exemplo: você concorda com aquilo que aconteceu no 11 de Setembro Provavelmente não, mas para quem realizou “ na cabeça” era algo normal.
Eis uma pequena reflexão: Quanto de você é seu e o quanto de você é uma repetição
O quanto somos realmente livres para pensar no mundo, na existência e na nossa vida.
Sei que não é lá uma tarefa simples, é bem mais fácil se abraçar com o barquinho que alguém já construiu e abandonou na beira do rio.
Afinal, já está pronto.
A questão final é o começo de tudo.
O barquinho que eu escolhi pegar na beira do rio me faz pensar que temos duas opções.
A primeira seria escolher símbolos/ arquétipos de pensamentos e comportamentos que nos identificamos de alguma maneira e fazer desses o nosso caminho de vida.
A segunda opção é olhar com olhar de quem não está disposto a aceitar tudo mastigado e deseja questionar.
Não pense que esse segundo caminho é tão interessante, quase sempre você estará numa jornada solitária quando se tratar de pensar por lados distorcidos dos padrões gerais, mas na primeira escolha é um grande saco ser escravo sem saber que é escravizado.
Moral da história: O olhar para a civilização como um grande avanço evolucionista e entender que não é possível fazer com que 200 milhões ou 7 bilhões entrem em uma forma de pensamento coletivo ou analítico, é o que é, as coisas são como são, parece redundante mas cada um enxerga o que consegue vê.
Tiago Szymel

VIOLÊNCIA CONTEMPORÂNEA
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Começa assim: Era uma vez animais na savana.
Fomos “ evoluindo” e aprendendo a criar coisas além da nossa natureza.
Nos empolgamos tanto com essa coisa de criar coisas que depois de um tempo criamos a sociedade.
Com ela vieram os efeitos colaterais do “bicho homem”, se de fato esse negócio bonito que chamamos de educação princípios valores empatia chegasse ao conhecimento de todos, não tenho dúvidas que de certa forma a coisa toda de vivermos juntinhos e ( Não matando uns aos outros) poderia funcionar.
Acontece que bem ali em 1980 a população do Brasil era cerca de 100 milhões de pessoas, muitas morando na zona rural inclusive.
E agora, 38 anos depois a galera dobrou, os grandes centros estão lotados, as periferias incharam e a perguntinha que fica é: O quanto avançamos na educação nesses últimos 40 anos Você pode ironicamente responder que agora temos a tecnologia ao alcance de todos, a internet, o mundo virtual ou qualquer coisa do tipo para afirmar que a vida é aquela velha e bela cesta de morangos.
Paremos de nos enganar, a civilização está entrando em colapso, o que nos diferencia de um bárbaro na idade média que saqueava aldeias e ceifavam vidas E D U C A ç ã o, e o que fazer agora Se alguém tiver resposta minimamente aceitável, escreva um projeto e envia para o político que você votou.
Se não funcionar, converse com alguém do seu meio sobre como você acha que as coisas podem melhorar, se ainda assim não funcionar, faça minimamente a sua parte e eduque seus filhos.
Se nada funcionar, voltamos em dois minutos ao paleolítico.
Tiago Szymel