Perdido no labirinto do teu Ser
Eu vou mudar as minha rotas
Para não ser preciso dar fuga.
E vou mudar a minha trajetória
Pois, sozinho, ela nunca muda.
Eu vou reiniciar o meu caminho
Que traça o meu distante rumo.
Além dos meus ciclópicos muros
Me procura o meu bom destino.
Vou de encontro ao meu futuro
Em passos calmos e bem finos,
Que, canta a fivela do meu sino
Preso no meu tornozelo último:
Agonia, nos meus pés libertino
Da minha vagação pelo mundo.
Sou vagarosamente moribundo
Numa venusta alma de menino.
Foi no desvendar dos segredos
Mas, no eclipsar de toda visão.
Achei no íntimo dos teus seios
Um intenso labirinto fluir ilusão.
Caminhei sozinho, pela solidão,
E viajei pelo meu lado do medo,
E conheci todos os teus receios
Logo, testifiquei, que são vãos.
Depois te vi um caminho estreito
Com espinhos brotados no chão.
É a felicidade, e os teus anseios
Quão vil trajetória de escuridão!
Luzia a brasa do amor perfeito
A te causticar o fogo da paixão,
Nas paredes frias, tua emoção..
Me aquecia o coração no peito.
Possuo te, em ternura espreita,
Teus lábios tão dóceis e macios.
O céu, reproduz um azul violeta
Mil cometas, e, íntimos arrepios.
Amor, volta te a cama, deita te
Olha me com teu olhar sombrio,
Não há nada acima das estrelas
A não ser, fluir te, como um rio
Com os meus dedos, deleita te.
Percorro os teus horizontes a fio,
Na brasa do amor, volúpia sutil,
Suspiros e gemidos flameja te.
Cada desejo nasce como broto
E não se sabe onde vai parar.
Deixa me a tua alma, jardinar
Amanha, seremos outro renovo.