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Risomar Sírley da Silva

'TE DESEJO O MELHOR, CARO IRMÃO'
Que o amanhã seja melhor que hoje,
e suas esperanças já engavetadas sejam libertas.
A 'liberdade' tem sido tua inimiga,
privando te de viver razoavelmente a vida,
de sentir as tantas fragrâncias expostas ao nosso redor.
Olha a tua dor como aprendizado e algo passageiro,
lembrando que tu a compartilha,
sem que percebas
Não se precisa daqueles enormes castelos vistos nos filmes de ficção para ser feliz.
Precisamos cultivar apenas um: o nosso castelo interior.
Que ele seja simples,
aconchegante e de bom grado.
As construções da vida começam com um pequenino tijolo,
depois,
se tiveres foco,
virão as próximas etapas
Não esqueces de acolchoar a cama [para que ela fique quente] nas noites geladas.
Não te entristeces se sentires muito frio.
Levantas as mãos e pede lençóis.
A 'jogada' estar em dar o primeiro passo,
o primeiro abraço verdadeiro.
A labuta tem que ser diária,
para confortar a alma.
Se o quarto sempre escurece,
janelas deverão ser abertas para que a luz da lua nos ampare,
sem medos ou receios
Não quero te perder para a ignorância,
nem tampouco para o mundo negro.
Ando triste ao ver esses olhos vendados,
culminando falência de órgãos.
Lembras que,
há como contornar quase todas as situações desarmoniosas da vida e mudar uma história.
Não te fixas em reescrever o presente tão sofrido focado no passado.
Te fixas num novo recomeço.
Vira a página calmamente e sem pressa.
Vê que ela estar em branco,
precisando das tuas mãos com novos pincéis e outras tintas.
Não há erro em recomeçar uma nova história,
uma nova vida

'DEMÔNIOS'
Antigamente, os demônios ditavam o destino dos homens.
Eram maus ou bons.
Tinham poderes sobrenaturais.
Hoje, seriam os super heróis do século XXI.
Ou talvez seres pérfidos.
Ditavam as regras do jogo.
Conheci um amigo que dissera que já tinha indo, segundo ele, próximo ao inferno.
Quando era ainda um feto, sua mãe havia apresentado lhe a uma legião de demônios.
Imaginei nesse momento, sua mãe lhe segurando nas mãos como oferenda e logo abaixo, milhares deles.
Veio me à mente uma foto do Nazismo, onde centenas de soldados prestavam honrarias a Adolf Hitler.
Ele me dissera que sempre conversara com os sobrenaturais.
Pedia coisas que desejava e sempre conseguira tudo com certa serenidade.
Um dia tranquilo como tantos outros, quando ele adormecera no seu local de trabalho em hora de almoço, um Anjo aparecera dizendo que iria levar lhe para uma viagem ao Inferno.
Não propriamente, mas aos Jardins do Inferno.
Sem cerimônia, o Anjo tomou o pelo braço, e os dois seguiram velozmente rumo ao seu destino.
O vento era tanto que, afirmando ele, os olhos dificilmente abrira pelo intenso vento na face.
Lembrei me de um filme onde um super herói, dava seguidas voltas em torno da terra com tamanha velocidade.
Chegando ao local propriamente dito, ele pôde ver tamanha violência.
Pessoas lamentavam se.
Pediam a morte e ela estava ausente.
Os espíritos eram encarregados de prestar os mais horrendos castigos às almas que ali estavam.
Açoites seguido de gritos.
Dilacerações e sofrimentos faziam um retrato repugnante.
Uma mulher pedia com suplício para passar lhe para o outro lado, pois não aguentava mais tamanho pesar.
Ele vira alguns conhecidos, mas, durante todo esse percurso que fizera, não dera uma palavra.
Permanecera atônito.
As palavras não saíam.
Petrificado estivera durante esses minutos que se passaram.
Nos instantes finais ao contemplar, no que nós chamamos, loucura, o Anjo lhe avisara que era hora de voltar.
Em poucos segundos, ele acordara sufocado.
A experiência que tivera iria guardar para o resto da vida.
Passado alguns minutos, lembrei me de uma prima que tivera uma vida normal até aos dezessete anos.
Após, foi diagnosticada com Esquizofrenia.
Ela fala com, o que ela diz ser, pessoas.
Alguns dizem que ela tem sexto sentido.
Irrita se com facilidade e não gosta da aproximação de pessoas.
Lembrei me também da complexidade do nosso Centro Nervoso.
Das pessoas que sofrem de depressão.
Da capacidade de criarmos tanto o desejável quanto o indesejável.
Lembrei me também de uma pergunta que me intriga durante muito tempo: somos criações divina ou a religião com seu céu, inferno, paraíso, diabos, demônios e Deuses são criações do homem

'MEU CORAÇÃO'
Meu coração, mar de indecisões.
descompreensões e outras coisas que eu não entendo.
Debilitado nas condições de amar.
Relutante e inseguro como as pedras nas cachoeiras.
Avistando abismos profundos.
Preservando sequelas e outras enxurradas
Meu coração, conflitante ao extremo.
Sangrando palavras vãs.
Mórbido nos limbos.
Desencorajador de almas.
Incógnita a relutar o futuro, vivendo à migalhas a cada manhã.
Sou eco sem respostas.
Existo Não sei! Talvez! Só sei que, ser poço de indecisão, causa grande confusão.
Ora sou eu! Ora não tenho horas para ser o que me pedem
Meu coração, mórbido.
Conflitante consigo.
Tenta ser diferente, mas a verdade: é igual aos outros corações.
Que deixam ser abatidos.
Morrendo e parecendo ter vida.
Corações sorriem e choram ao mesmo tempo.
Sorrisos verdadeiros.
Lágrimas escondidas.
Coração é ter vida e se aproximar da morte a cada dia! É um pulsar, pulsando estranho.
Tarântula escorregadia nos braços.
Desprendendo veneno e revivendo o passado.
Matando leucócitos enfraquecidos
Meu coração tem flechas.
Matando sonhos que acordaram para vida a cada lançar se.
Ter vida é ter coração.
Voltados pra razão ou qualquer coisa que pareça papiros.
As pessoas sempre falam nas coisas do coração, como se isso fosse tão banal.
Que truculência esse meu amigão.
Corroído sonhos, artista sem intenção.
Decidi: não quero mais tê lo
É chegada a hora de viver, sem vitalidade ou órgão algum.
Sou perecível desde que nasci.
Não preciso de sequelas, nem de costelas para abrasar a dor.
Quero um coração de verdade.
Desses que a gente joga no rio.
E espera ele fazer o percurso.
Provisório como não saber do calendário, ou do dia santo que passou.
É chegado a hora de pulsar, respirar outras intenções, pintas outros quadros, fotografar imagens reais, cobertas de razões