“Nunca foi tão importante haver boa literatura infantil, porque as crianças são atraídas por milhares de coisas mais fáceis, instantâneas e baratas que o livro.
Com boa literatura infantil, defende se o livro.”
E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos,julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Faço o que gosto, rigorosamente o que gosto, quando gosto, como gosto, no meu espaço e ainda me pagam bem.
Não tenho ninguém em quem mandar, ninguém manda em mim.
Agora parece fácil, mas na altura em que escolhi ficar em casa, sem nada de certo, arriquei.
Enquanto prevalecer a cultura do 'eles' (os responsáveis por todos os males) e 'nós' (as inocentes vítimas deles), vai ser muito difícil convencer os portugueses de que não há vida para a frente com a vida que levamos.
Vejo o direito à greve como coisa essencial numa democracia e, por isso mesmo, contesto a sua banalização, sobretudo quando os objetivos concretos da greve não se entendem.
Foi um príncipe do jornalismo.
Era uma das pessoas que mais admirava em Portugal e sinto a falta do seu pensamento, da sua escrita e luminosidade.
Lá, onde ele esteja, tenho a presunção de achar que ia gostar de saber que eu ganhei este prémio com o seu nome.
Há tempos, dizia se que somos um país adiado.
Hoje, acho que o mais certo é dizer que somos um país cancelado.
Não estou na moda do póker.
Joguei nas férias da minha juventude, mas como não tinha dinheiro, perdia sempre.
É como o capitalismo não nos podemos meter em cavalarias se não temos dinheiro para isso.