Sinto saudades dos detalhes.
Sinto falta do cheiro amendoado, da fragrância do perfume, que misturado à tua química tornava se único, diferente.
Te preciso como nunca antes.
Ando com saudades.
Ando querendo que o mundo se foda.
Que só reste nós dois, nós e o resto do resto.
Nós e o resto do nosso resto.
Se você tinha que sair por 5 minutos, eu sentia saudades.
Se estávamos de noite à toa eu te convidada para jogar damas – nunca ganhei uma partida de ti, se lembra
Sinto saudades também daquele creme pós barba, que deixava teu rosto parcialmente melecado, com um aroma doce enjoativo e com gosto amargo.
Me deseja coisas boas.
Te vejo em um minuto nos meus sonhos.
Sinto saudades.
Ainda aguardo a calmaria de junho, pelo menos maio se foi.
Que saudade é essa que me mata, que não transborda, que não alivia e que nunca passa Estou sem ar, sem chão, sem fala.
Só escrevo.
Como você me dói.
Me arde os nervos.
Diga que vai voltar.
Volta.
Eu estava feliz, só sentia saudades.
Era só um vaziozinho que insiste em me acompanhar, não importa onde eu vá, com quem eu esteja.
Ele está lá, sempre comigo, sempre me perturbando a paz.
Não é tristeza, é saudade.
É a constante lembrança do que não tem retorno, do quase morto, do fim, do que não deveria mais ser falado.
Mas eu insisto.
Eu relembro, eu me mato.
Se agora sofro, choro e tenho saudades é porque aprendo dia a pós dia que o tempo não cura, não ameniza, não ajuda.
O tempo só esmaga minhas lembranças e faz minha memória trair aquela imagem antiga que guardo aconchegada no fundo dos meus olhos.
De amiga conselheira passei a ser aconselhada, de cuidadora agora sou cuidada, e não me abandona quem ainda tem esperanças de ver renascer em mim aquela garotinha sorridente que eu era.