Não acho que o dinheiro, em si, seja algo nobre.
Mas negar a importância dele é tolice, assim como torná lo o centro da existência me parece empobrecedor.
Para mim, não há coisinhas num corpo humano.
Desde que falte ao indivíduo uma orelha, um dedo ou um fragmento de carne, a coisinha se revela uma grande perda.
Meu papel é ajudar aqueles que vêm a mim com esperança de reencontrar uma existência normal.
É, mais simplesmente, a vitória da esperança, do saber, da obstinação de um punhado de médicos e também dos imponderáveis da Medicina.
Pois já aconteceu que casos semelhantes, tratados com mais recursos, tenham resultado em fracassos.
Ainda hoje é espantoso como as classes B e C não têm noção do que engorda, tomam muita cerveja, comem muita comida gordurosa.