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Carolline Milici

Dentro da caixa eu enlouqueço.
Aos poucos meu autocontrole vai se dissolvendo.
Agora não penso, tão menos ajo.
Petrifiquei como estátua conduzida por medusa.
Há tantas opções, só não sei qual me salvará e qual me afogará.
Apodreço na minha própria indecisão, minha alma envelhece na imensidão e, eu estou mortificada.
As palavras saltam da caixa, mas meu mecanismo sonoro emperrou permanentemente.
Sei lá, querer resultados fáceis não é o mesmo do que ter resultados eficazes.
Devo pedir demais e fazer de menos porque não sei em qual questão me embolei.
Eu quero muito recomeçar, quero poder escolher a vida que quero levar e, dessa vez não estou fugindo.
Não, muito pelo contrário.
Estou decidindo! E, decido conciliar o que eu tinha com o que tenho, meu passado com meu presente, acho que meu futuro deve ser uma via de mão dupla.
Antes + Agora = Futuro.
Não facilitou quando decidi fugir, isso só fez com que eu ampliasse minha visão da bagunça que estava fazendo.
Tive que quebrar a cara uma centena de vezes, confesso que ainda quebro a cara.
E, eu não sou mais a mesma, tão pouco quero o mesmo.
Preciso entender antes, pra mim mesma que mudei e, nada será como antes.
Desejos, sonhos, vontades, como fazia, como reagia, minhas opiniões, minhas opções.
Quando passo a pensar em um futuro longínquo eu emperro, me deixo levar e não tomo nenhuma decisão, porque a ideia do longe me faz esquecer o quão perto me incomoda.
Pelo menos, já sei o que não quero.
Lembrando a todo instante que meu futuro próximo não é como quero levar a vida, me faz chutar o medo e criar coragem para fazer a maior burrada do mundo.
Desistir desse agora e, reiniciar.
Com um novo hoje.

Sabíamos exatamente no que aquilo ia dar, mas apesar dos apesares, tínhamos fé que a insegurança iria nos deixar, um dia.
Nós nos seguramos no ar, ou melhor, na falta dele.
Já estávamos cansados, queríamos algo diferente.
Alguma coisa que trouxesse felicidade misturada com calmaria.
Tinha chegado a hora que seguiríamos caminhos diferentes, nossas jornadas seriam opostas e, nossa vida andaria para frente.
Porque nós dois sabíamos que a magia tinha acabado.
Agradeço por ter sido na hora certa, assim temos boas coisas a recordar e, muitas risadas a repassar.
Durou o suficiente para se tornar lembrança, história e recordação.
Não doeu tanto assim, não nos matou, não nos deixou desamparados e, foi a vida que nos fez entender que nós tínhamos um prazo de validade.
Ainda posso ver seu sorriso de lado numa visão embaçada do quanto ela se parecia com a natureza, enquanto me dava dores de cabeça.
Nos vemos vez ou outra conversamos e, até irritamos um ao outro, só que não é mais como era.
Nós queremos mais e, não é porque somos egoístas, mas porque nosso rumo agora é amadurecer e crescer e, isso significa nos separarmos.
Separação não significa dizer "nunca mais", não é um adeus.
Só tenho a agradecer a ela por todos os momentos bons, por todas as brigas e desentendimentos, por todas as gargalhadas profundas, por todo o medo que tivemos desse dia chegar, por todos os abraços que nos tiravam do chão, por todas as surpresas e por todas as decepções, por todos os passos que dávamos juntos.
Ela me transformou, me fez ser alguém melhor, mesmo que indiretamente.
Ela fez meu mundo cor de arco íris.
Ela marcou vários capítulos da minha história e, é por isso que temos que nos deixar partir, para que um dia nos encontremos numa esquina qualquer dizendo o quanto foi bom termos nos esbarrado ali, há alguns anos atrás.

Desculpa, já é tarde da noite, ou melhor já são quase cinco da matina, e aqui estou, escrevendo.
Refletindo, repensando, recomeçando mas eu não consegui, antes de olhar uma última vez para trás.
Maldita música que me fez lembrar aquela cantora louca que anda com um cortador de grama pela cidade, e aquele rap de "romeu e julieta".
Essa é a hora, o momento de eu ter minha válvula de escape, minha saída de emergência.
Eu não sei se jogo na cara as mentiras, ou a enrolação ou a falta de amizade de consideração.
Não sei se finjo, se escondo, se ignoro pra nunca mais, nunca, cometer esse erro novamente.
"Uma menina fofinha e esperta que acreditou em quem não devia, de novo." Mas, esquece já deu, e você sabe que já é tarde, tão tarde quanto as horas no relógio.
Nada de lamentação, ninguém nunca foi obrigado a nada, pressionado a nada.
É só a vida.
E, a única certeza é que ela segue, e ela vai seguir ano que vem comigo longe dessa opressão que chamam de "Brasil".
Bons momentos, sensações, reações, risadas, sorrisos, obrigada! Eu agradeço, mas não guardo nada.
Eu era diferente, na verdade eu sou realmente, o que eu digo e faço, até você sabe distinguir que não é comum.
Eu não me iludo, mantenho uma distância, desconfio das pessoas, mas mesmo assim me preocupei, e até me importei por um mínimo que fosse, mas esquece amigão, foi perda de tempo.
Não te culpo, não te julgo, só me despeço que adeus sem graça mas eu ainda acho razão para escrever pra quem nunca vai ler.
Uma alma já morreu há muito tempo, mas essa ainda não é minha, eu acreditei que ainda tinha solução, e eu ficaria pra ajudar a recuperá la, mas não vale, se nem a amizade prevaleceu aqui.
Ana, Julia, Beatriz, Carol e todos os outros nomes, só são nomes, quem não te trocou, te substituí te usou São só nomes, só garotas, iguais umas perdidas assim como a/o personagem principal.
Mas, valeu, não guardo nada de ruim, e só penso no bem um quarto vazio, uma garrafa de Whisky quase vazia, um beck e um coração vazio, uma alma gelada E, do outro lado da cidade um sorriso, um perfume doce, um fraco por comédias do Adam Sandler, Ben Stiller e Jim Carrey, uma vocação para escrever, e uma trufa de menta.
E, o sono já a consome e a essa altura já se perdeu na parte do "quero um dia te mostrar tudo que aprendi dessa vida louca já pensei em desistir no meio do caminho perigo e mais uma vez te escrevo " ela pisca mais duas vezes, mas tá ligada, esperta não precisava disso, mas é só uma confirmação das suas teses, e dessa vez alguém tinha que pular do bonde andando, alguns arranhões e dores musculares, mas ela saltou olhou pra trás, alguém acompanhou Não Então vamos! Faz o caminho à pé que é esquema, porque a falta de coragem, o drama e as desculpas ficaram naquele vagão, assim como o tempo perdido por algo que a estagnava em falta de disposição.
Segue em frente, olha pra frente, e pensa: é a vida!
Um novo sentido