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Bruna Vieira

Certa vez me disseram que eu era boa demais para você.
Colocaram meu amor a leilão e apostaram que logo apareceria alguém melhor.
Um cara que realmente se importasse ao invés de alguém que fica semanas sem telefonar e manda uma mensagem no meio da madrugada, dias depois do último encontro, dizendo que está com saudade.
Como se essa palavra fosse a senha do meu coração.
Disseram que eu deveria conhecer pessoas novas.
Entrar num curso de gastronomia, viajar para Europa nas férias ou ocupar os meus domingos com idas ao parque.
Nunca fiz nada disso, pois tive certeza que jamais de encontraria nesses lugares.
Passei pelo caminho mais longo só para talvez te ver casualmente saindo da faculdade, fui todas as sextas do último mês naquela balada que nos conhecemos e aos domingos, escrevi e apaguei mensagens que nunca foram enviadas ao som daquela música.
Você nem deve saber o nome da nossa música.
Eu sei que o problema não é comigo.
É você e esse medo de se prender a alguém e gostar da sensação.
Prefere continuar caindo ao invés de descobrir se o paraquedas funciona.
Queria que soubesse, mas queria que soubesse antes que seja tarde, nem todo mundo é como o seu pai.
Os fantasmas mais assustadores são àqueles que nós mesmos criamos.
Já te disse, e repito, sua vida não deve ser uma consequência dos erros que ele cometeu quando você ainda nem podia sentar no banco da frente do carro.
A única herança que é sua por direito, além desses lindos olhos azuis, que às vezes me parecem verdes, é o lugar onde você e sua irmã vivem.
Agora está escuro lá.
Talvez frio.
Mas logo vocês descobrem como se liga a luz.
Fico pensando, ninguém te conhece de verdade.
Se você os desse essa oportunidade.
Certamente, veriam o que eu vejo.
Sentiram o que eu sinto.
Eles acham que é só mais um caso perdido e vai acabar como todos os outros garotos.
Enxergando o mundo na mesma perspectiva até o último dia.
Esse não é o seu final.
De longe, percebi dia desses enquanto pegava o metrô, todo mundo é só um ponto solitário.
Ao seu lado, no entanto, somos dois.
Quem sabe, um dia, três.
O mistério das reticências combinam com a gente.
Sinto falta das nossas conversas sobre o que já não falo com ninguém.
Dos seus desabafos bem no meio da melhor parte do filme.
Parece bobagem, mas era bom ter um espaço no sofá da sua sala.
Um dia fomos grandes amigos.
Os conselhos que deu já me levaram para diferentes lugares.
Até que seu ombro passou a ser meu travesseiro mais macio.
Eu me apaixonei perdidamente por aquele cara que sabia sempre o que dizer.
O problema é que deixamos o amor nascer em um labirinto e agora, nossa antiga amizade, não consegue encontrar a saída.
Os sinalizadores estão queimando tudo o que sobrou e você continua olhando para o outro lado.
Essa é a última vez.
Antes de me despedir e apertar o botão sem volta, que leva estas palavras até você, aviso.
Eu não quero te consertar.
Nunca quis.
Quero é provar que podemos ser exatamente assim, cheios de defeitos e sem nenhuma garantia.
Invisíveis para o resto mundo, mas o suficiente um para o outro.

Eu acho a maior graça nessa coisa de “se descobrir” e sempre ouvi dizer que viajar sozinha é a solução e olha, não vou mentir, é bem por ai.
Se me descobri por inteiro não sei, mas que fez um bem danado, fez! Descobri dentro de mim alguém bem melhor, de riso frouxo, voltei mais leve, mais tranquila e, sem duvida, com mais amor dentro de mim.
Mas é um amor tao diferente, é um amor menos egoísta, um amor quase que caridoso.
Acordei com uma vontade absurda de abraçar todo mundo, de dar bom dia para o jornaleiro.
Tem algo aqui dentro que está querendo sair, se propagar.
É a minha felicidade ocupando meu corpo e, não satisfeita, querendo ocupar novas bocas, conquistando novos sorrisos.
É aquela vontade de olhar nos olhos de alguém e dizer “relaxa e flui, que ainda temos o amanhã”.
É a vontade de dar ao próximo o que eu já quis para mim, de ouvir o que a pessoa tem a dizer, de falar o que ela quer e merece ouvir.
Todo mundo merece ouvir o quanto é especial, porque todos temos algo em nós que não se acha em outros corpos É, acho que isso é amor mesmo, mas amor pela vida.
Amar é muito bom, ser amado melhor ainda, amor próprio então nem se fala! Mas amar a vida Ah, amar a vida é amar todos os amores!
Quem ama a vida dorme feliz e tranquilo e acorda com um sorriso de orelha a orelha sem medo algum de enfrentar o dia.
Quem ama a vida simplesmente vive e entende que as dificuldades existem para serem superadas, as diferenças para serem quebradas e que nenhum problema vale a pena quando se pode ter as pessoas que amamos ao nosso lado felizes.
Quem ama a vida sabe que há momentos incríveis que ficam na memória para sempre, e não é preciso voltar no tempo, é possível revivê los e é possível construir novas memórias.
Quem ama a vida entende a fração de diferente entre o que é momento e o que é eterno, e sabe apreciar o que os dois tem de melhor a nos oferecer.
Se trata de saber apreciar o que a vida tem de melhor.
Quem ama a vida não deve a ninguém, só a si mesmo.
E se deve, é apenas o fato de ser feliz pelas coisas simples.
Como já dizia a incrível Martha Medeiros “entre sobreviver e viver há um penhascos e poucos encaram a queda”.
Quem ama a vida simplesmente encara a queda e se leva na loucura amando a vida e entendendo que pra saber muito foi preciso um dia não saber nada e simplesmente errar um dia.
E viver, meu filho, viver como se não houvesse amanha, viver com sede de amar.
Amar a vida.
É se desafiar todos os dias no espelho dizendo “quero ver se consegue ser mais feliz que ontem! ”, é a coragem de viver somada com uma chama de amor que nunca deve se apagar.
E sempre que tiver uma pergunta, seja ela qual for, a resposta é: antes disso, ame a vida.

É infinitamente mais fácil descrever um amor que machuca.
É até libertador colocar pra fora em forma de texto um sentimento que não faz bem.
Quase como um falso decreto de que ainda temos o controle da situação ou ao menos a consciência de que aquilo é algo extremamente tóxico pra gente.
Bem lá no fundo quem escreve sobre o que sente tem um pouco de medo da felicidade.
A calmaria leva embora a inspiração, porque escrever sobre a paz quase sempre é deixar a folha ou tela em branco.
É não precisar definir absolutamente nada.
Sair de casa e esquecer a janela aberta pra poeira dançar ao ritmo do vento.
Mas agora é diferente.
Eu não tenho mais mais medo.
Sem pistas e jogos, prometi.
Não quero ter razão ou alimentar meu orgulho com a certeza de que eu sou a pessoa da relação que menos se envolveu até agora.
Todas as minhas teorias deixaram de fazer sentido quando te conheci, então nada mais justo que deixar as cartas na mesa e admitir de uma vez que você me ganhou.
Derrubou o muro que construí em volta de mim.
A saída no final das contas não era destruir tijolo por tijolo, curar trauma por trauma, mas sim me fazer lembrar de como é bom admitir cada fraqueza ao lado de alguém que continua me amando por dentro e por fora.
Como eu era, como me tornei e como eu desejo ser amanhã.
O que eu mais gosto na gente é a tranquilidade.
Seu amor me deu de presente bons pensamentos e agora é como seu eu tivesse um refúgio dentro da minha própria mente.
O mundo lá fora pode estar desmoronando, mas quando eu fecho os olhos continuo vendo seu sorriso em câmera lenta ou lembrando do tom da sua voz.
Eu adoro o jeito que você fala.
Most of the time, olhando nos meus olhos e me fazendo sentir a garota mais sortuda do mundo.
As pessoas dizem que nós combinamos porque somos exatamente iguais, mas a verdade é que você faz o melhor de mim vir à tona.
Como quando estou perto da minha família ou viajando para algum lugar novo.
Simplesmente não há espaço ou tempo para coisas ruins.
Apesar de eu ter a sensação de que nos conhecemos há muito tempo, sei que esse é só o começo e eu não faço ideia do que o destino separou pra gente.
Gosto de imaginar que os nossos sonhos jamais vão conseguir nos distanciar porque de alguma forma nos cruzamos aqui nessa cidade graças a eles.
Você só de passagem e eu de mudança.
Precisávamos de um bom motivo pra ficar, então, nos encontramos.
Não quero que o tempo passe rápido demais, mas isso acontece com frequência quando você está por perto.
É como se a distância entre o “estou chegando” e o “adorei ficar com você” coubesse num abraço, mas a verdade é que cada momento tem feito toda diferença pra mim.
Sendo assim, obrigada por me mostrar um novo caminho e topar seguir em frente.
Minha vida e minha sala são igualmente bagunçadas, como você já deve ter reparado, mas fiz questão de reservar um espaço especial pra você.
Nesse texto, ao meu lado e onde estivermos amanhã.