Se for calar o amor, não vá achar que a dor é melhor companhia.
Se for cantar a cor, não vá amar o amor por pura covardia.
O amor é a dislexia do concreto e a surdez do composto.
O amor é a miopia do afeto e a insensatez do bom gosto.
O que não existe é vago, e tudo que é vago é livre, e vive, pois ao se libertar do concreto, se despe da razão e passa a se alimentar do vão.
Que chova amor em mim, e derrame alegria em meus olhos, em seu compor, molhando as palavras e consumindo as lágrimas que a tristeza deixou.
Felicidade não é algo fácil de provar! É algo caro, mas que o pobre sempre tem! É algo barato, mas que o rico não pode comprar.
Não jogue fora a chance de semear um sorriso no rosto de alguém.
A felicidade alheia é o melhor fruto que a vida tem.
Fazer feliz faz bem.
Ah, o amor! Esse sofrimento eterno, que engole a calma, que envolve a alma e engana o cego, o fazendo achar que enxergou.
Os meus silêncios são gritantes, as minhas ausências delirantes, e o meu sorriso, um mero disfarce, pra esconder o meu olhar.
Amor, não é metade, é verbo decassílabo, conjugado em primeira pessoa.
Amor, não é saudade, é verso infinitivo, consumado em poesia à toa.
A saudade grita alto, e me maltrata, quase sem falar.
Sinto falta dos seus versos e dos seus verbos, sinto vontade de te conjugar.