Se for calar o amor, não vá achar que a dor é melhor companhia.
Se for cantar a cor, não vá amar o amor por pura covardia.
O amor é a dislexia do concreto e a surdez do composto.
O amor é a miopia do afeto e a insensatez do bom gosto.
O que não existe é vago, e tudo que é vago é livre, e vive, pois ao se libertar do concreto, se despe da razão e passa a se alimentar do vão.