Fiquei com o carro preso, pronto a cair juntamente comigo.
A sorte que tive em ficar no balanço, naquela noite.
Não caiu, serviu para te ver a salvares me.
Mal sabia que depois dessa noite os meus olhos te iriam ver de outra maneira.
Salvaste me.
Saí de casa apressada, com vontade de ver amigas e acabei por quase me magoar.
Talvez andasse à tua procura sem saber.
O dia já tinha sido péssimo, mas acabou por piorar.
Apesar disso, voltaria a fazer tudo igual só para me salvares debaixo de chuva.
Parece filme,não é Não é.
Ajudaste me quando mais ninguém me estendeu a mão.
Levei nega no primeiro telefonema, tu foste o segundo.
Assim, fizeste me perceber que a minha vida precisava de um empurrão.
Fazia tudo igual.
Tu salvaste me da dor.
De mim mesma.
Agarraste no meu rosto em frente ao espelho, "que andas a fazer Cláudia Não mereces".
Que noite.
Eras perfeito para mim, a estender me a mão, a mostrar me que assim é que tinha de ser.
Sem te querer amar, o meu amor começou ali.
Naquela noite.
Estou contente por ter saído naquela noite, por quase ter caído, por me ter molhado com a chuva.
No fim, faria tudo outra vez.