Nem sempre o amor dos outros é suficiente.
O amor próprio chega.
Começa ali, cresce e dá a perceber que sozinhos somos mais que com outros que não dão metade do que damos.
O amor próprio chega.
O amor não é só dar e receber.
É sentir força quando nos vemos ao espelho, quando paramos para pensar quando éramos pequeninos, nos braços das nossas mães.
Crescemos juntos, mas agora estamos sozinhos.
Meio sozinhos, por sermos grandes.
O amor próprio é estar sozinho mas saber que temos com quem contar.
Passo a passo, seguir.
Não deixar que ninguém nos diga o que temos de fazer.
Não sentir culpa quando os erros são iguais em todo o lado, de outro lado, virado do avesso.
Não deixes que te digam que estás errada, és errada, sentes errado.
O amor próprio é isso.
É estar consciente do erro e admitir.
Não curvar as costas perante os próprios erros.
Quando éramos pequeninos os castigos era o tribunal dos nossos defeitos.
Tivemos os que merecemos.
Não mais.
Uma dor perante a perda da infância é castigo suficiente para sabermos fazer o certo, mesmo errado.
O amor próprio é isso.
Conhecer o passado, querer conhecer o futuro.
Melhor, com melhor.
E se tiveres as costas magoadas, as pernas esquecem se do amor próprio.
E aí, nem amor, nem coisa nenhuma.