Meu Poeta eternamente confessa fingir que é dor a dor que deveras sente
Eu confesso veemente, nadando contra a corrente, que finjo não sentir dor, mesmo quando é dor me faz latente.
Minto tão perfeitamente, em alma, corpo, mente.
Se é para ser fingidor, finjo prosperidade.
Não admito a dor.
Nem falsa nem dor verdade.
Mas que linda a falsa dor.
Emociona, convincente.
Mas Pessoa mente dor.
E é Caeiro, Reis, e tanta gente.
Pessoa e mais que escritor.
É ator, é Gênio, expoente.
Eu só finjo não ter dor .
E a vida ou acredita ou me entende !