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Textos de Amor Eterno

Não tem como eu não te amar.
Porque você foi o único que apesar de tudo sempre esteve comigo.
Você é uma criança em corpo de homem.
Você é complicado..
age feito criança, pensa feito homem as vezes faz tudo ao contrário.
Mas não tem como não te amar você foi o único que ficou comigo mesmo depois de descobrir quem eu realmente era.
Você me olhava dentro dos olhos e via meus olhos brilhando, pedindo por um abraço seu e você continuava ali mesmo morrendo de medo.
Você me via chorar sem motivos, e mesmo morrendo de medo de ser o motivo do meu choro você continuava comigo.
Você ouvia cada suspiro de que eu dava por medo de te amar.
Você sempre soube de tudo.
Mesmo fingindo não saber.
Hoje eu consigo enxergar isso com mais clareza ..
e mesmo parecendo loucura, depois de tudo o que passamos eu não consigo deixar de te amar.
Não totalmente.
Eu já não sinto mais a sua falta, e não me importo se você não me telefona.
Mas quando você me encontra e me abraça eu ainda me sinto protegida.
Porque o seu abraço ainda é o melhor do mundo.
Todos os dias quando acordo vejo a sua foto na cabeceira da minha cama, aquela que sua mão está segurando a minha é engraçado olhar para aquela fotografia e ver seus olhos na minha direção.
Ontem, eu fiquei observando a chuva cair e na minha mente só via você e seu olhos.
Não tem como eu não te amar, porque a verdade é que eu sempre fui a criança, você é que sempre foi o adulto.
O seu silêncio que me magoava mais do qualquer palavra.
Hoje eu entendo.
Magoar com o silêncio é melhor do que magoar com as palavras.
O silêncio é seu e eu interpreto como eu quiser, mas você tem a consciência limpa de que nunca falou.
Não tem como eu não te amar.
Porque apesar de tudo você foi o único que eu amei.
E eu sei que falei que não ia mais escrever sobre você, mas não tem como eu não escrever pra você ou sobre você porque você é o único que me faz querer sentir qualquer coisa.
Não tem como eu não te amar porque você é o único que eu amo.
E amor não morre.
Mesmo que eu te esqueça, mesmo que eu fuga dentro de mim, lá no fundo, embaixo de toda poeira ele vai está lá, o meu amor por você.
Amo você porque você foi o único que não foi embora por saber que era amado.

Da chegada do amor
Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.
Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.
Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.
Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa corrida de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.
Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.
Poesia extraída do livro "Euteamo e suas estréias", Editora Record Rio de Janeiro, 1999