Não sei como lhe saudar, ainda não inventaram honras para amizades, o que é injusto, já que fazem mais por nós que as autoridades.
Querida amiga, rogo lhe seu companheirismo nessa aflição, já estou ciente de que essa doença também afeta o seu coração.
O que as folhas esconderam, o vento revelou, eu já havia lhe contado desse meu velho caso.
Infelizmente toma conta de mim a cada hora que passa, sonho de dia, penso de noite e tudo se converte a um Eduardo e Mônica sem certeza de final feliz.
Hoje vejo a coerência entre precipício e precipitar se, eu me joguei num abismo a espera de um rio abaixo.
E se o rio não existir E se a água estiver gelada E as piranhas Tudo isso me preocupa e já não me reconheço mais.
É doentio o modo como o amo, sinto os sintomas em mim.
Eu que tinha um coração gelado vejo alguém me incendiando e simpatizo com a dor! Minha confidente, eu não lhe peço conselhos, exceto se estiver ao seu querer, mas me sinto confortada em dividir isso com alguém, ao comparar nossos anseios aos encontros.
No mar ou na floresta, com peixes ou leão, ambos são aventuras que escrevo desde então, tentando aliviar a espera do convite.
Parabenizo a você, que em seu drama tem medo do que já lhe pertence e talvez eu a entenda.
Desejo lhe a sorte, a maturidade e principalmente a paciência que venho desfrutando, nunca achei tão cansativo e desesperador ficar sem respostas.
E de fato estamos ferrados, pelo bem ou pelo mal, espero o aprendizado.
Depois de tanto criticar as vítimas, o barco virou para o nosso lado.
Prima, eu me apeguei a ele.