As pessoas não existem em função da religião.
É a religião que existe em função das pessoas.
Mesmo na política não é o povo que existe em função dos políticos.
São os políticos que existem em função do povo.
No ensino, os professores existem em função dos alunos.
Os médicos existem, acima de tudo, em função dos pacientes.
Também a existência dos advogados, cientistas, jornalistas, tudo se resume em função do povo.
Entretanto, na maioria das vezes, essa posição está invertida.
Utilizam se do povo para os seus próprios interesses e satisfações.
Aqueles que exploram a religião para seus próprios fins egoístas oprimem e denigrem as pessoas.
Eles tiram impiedosamente vantagens dos outros, apossando se do que podem e então, cruelmente, deixam as pessoas de lado quando não tem mais nada a oferecer.
Da mesma forma, aqueles que exploram o mundo da política para o seu próprio fim compartilham do mesmo desprezo pelas pessoas.
Os senhores não devem ser enganados por esse tipo de pessoa.
As pessoas não existem para beneficiarem os líderes.
O que deve ocorrer é justamente o oposto.
Os líderes, inclusive políticos e clérigos existem para beneficiar as pessoas.
Os professores por sua vez, existem para o bem dos estudantes.
Entretanto, muitos dos que se encontram em posições de liderança comportam se arrogantemente, denigrem as pessoas.
(Daisaku Ikeda).