Assim como as crianças, que no escuro tremem de medo e temem tudo,
nós, na claridade, às vezes temos receio de certas coisas
que não são mais terríveis do que aquelas que as crianças temem
no escuro e pensam que acontecerão a elas.
Na verdade, aqueles suplícios que dizem existir
no profundo Inferno, estão todos aqui, nas nossas vidas.
É preciso afugentar com ímpeto esse medo do Inferno
que perturba profundamente a vida do homem,
estendendo sobre tudo a lúgubre sombra de morte
e não deixando existir nenhuma alegria serena e inteira.
Para quem vive segundo os verdadeiros princípios,
a grande riqueza seria viver com pouco,
serenamente: o que é pouco nunca é escasso.
Todos os séculos se parecem aos outros; os homens não inovam muito, a não ser nos instrumentos técnicos.
As paixões permanecem: as do poder, da glória, do amor e do dinheiro.