Crimes passionais
Os verdadeiros crimes passionais são os sonetos de amor.
( in: Da Preguiça como Método de Trabalho, 1987.)
Se te ocorrer, de manhã, de acordares com preguiça e indolência, lembra te deste pensamento: «Levanto me para retomar a minha obra de homem».
As vezes eu tenho preguiça da existência.
Isso não tem nada a ver com querer morrer.
Isso tem a ver com ter preguiça de tudo que existe no mundo.
Prefiro deitar e dormir a levantar e trabalhar.
Alguns chamam isso de preguiça, eu chamo de pensamento profundo.
A preguiça é a mãe do progresso.
Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.
O amor não se entrega aos preguiçosos..
para existir na sua plenitude exige por vezes gestos preciosos e fortes.