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Praia

Aqui e lá
Era início de noite na praia em que eu sempre passeava com minha esposa.
Praticamente calados, muito pouco conversávamos.
Tínhamos bons empregos, carros, apartamentos, enfim, uma excelente condição financeira.
Porém algo estava faltando.
Eu caminhava com ela todos os fins de tarde, naquela mesma praia, e observava um casal que parecia ter pouco mais de 60 primaveras.
Pareciam duas crianças brincando com a areia, abraçados, contando as ondas do mar, admirando as estrelas em meio aos abraços, cafunés e beijinhos que pareciam roubados ao seguirem sorrisos indescritíveis.
Todos os dias eles ali estavam, sorrindo, cantando, festejando uma alegria que eu não conseguia explicar, visto que viviam em condições não muito favoráveis de se viver.
Eram extremamente humildes.
Moravam em um quartinho que fizeram de casa, com sala, cozinha e banheiro em poucos metros quadrados.
Nunca soube se tiveram filhos e se estes deram lhe netos.
Mas eram tão felizes
Não aguentando me de curiosidade, certo dia ao andar por essa mesma praia, questionei o:
Sr., por favor, poderia responder me a uma pergunta
Claro, meu jovem.
Se estiver ao meu alcance, o farei com todo prazer.
Enquanto eu olhava para a senhora dele sentada na areia de frente para o mar, fiz a pergunta que angustiava me há algum tempo:
Olha, eu tenho carros, apartamentos, ótimo emprego, uma mulher linda, mas sinto que falta algo em minha vida.
O que está faltando eu só consigo encontrar ao ver seu relacionamento com sua senhora.
Qual é o segredo de tanta alegria e entusiasmo após décadas de relacionamento
Meu jovem, o segredo está em valorizar as coisas mais simples da vida.
Um sorriso, uma palavra, um gesto.
A partir do momento que tornamos isso mais importante do que tudo que o dinheiro pode comprar, passamos a ter aquilo que nenhuma quantia poderá pagar, que é o mais importante da vida.
E isso, jovem, é o que realmente levamos daqui.
Tivemos 6 filhos e com todas as dificuldades em nosso caminho, estão todos formados e trabalhando.
Já temos alguns netos e sou muito grato a Deus por tudo! Passamos por muitos momentos difíceis, mas com fé e amor superamos tudo!
Ao virar o rosto para falar com este Sr., ele não encontrava se mais ali.
Nessa mesma hora, chegou minha esposa para contar me do falecimento destes dois senhores, em sua humilde moradia, há algumas horas.
Faleceram abraçados, como não poderia deixar de ser, pouco antes de meu questionamento a ele.
Surpreso, apenas olhei para o local onde eles costumavam ficar, sentados, admirando um ao outro como dois eternos jovens amantes.
Na areia havia um coração em que dentro dele estava escrito: "aqui e lá sempre vou te amar".
Assim que o mar apagou os dizeres, lá estavam eles, sumindo lentamente ao caminhar em direção ao lá com o mesmo amor, carinho, respeito e simplicidade que tiveram aqui.

A democracia da Praia
Rio de Janeiro como sempre singular e com suas praias também singulares.
Caminhar em nossas “Praiaslândias” nem tão democráticas é quase uma aventura popular, ou melhor cultura popular, e deve ser por isso que garantimos mais de 90% de lotação em quase todos os Hotéis neste Reveillon.
Começando pelo Leme, encontramos a “Familialândia”, área charmosa e só para famílias locais.
Seguindo por Copacabana em direção a Ipanema é uma “Misturalândia” que só, desde “Negritudelândia”, passando por “Putalândia” e terminando em “Vovôlândia”.
Mas, apesar de “Misturalândia” – Copacabana tem tradição e uma beleza que só a princesinha do mar, seu calçadão e quem sabe Drummond ali sentado pode traduzir em poesia.
Continuando a caminhada, o que é o Arpoador Um território e visual abençoado por Deus e invadido pela “Farofolândia” famílias de todos os bares populares e nem tanto, levam seus alimentos mais do que perecíveis para saborear nos arredores do metro quadrado mais caro da cidade.
Colorimos nossa caminhada por Ipanema chegando na “Gaylândia”, epidemia materializada nos corpos mais definidos do planeta, muito pedigree, estilo, idiomas, raças e mais de 1% do PIB gasto em estética! Saindo da área colorida, encontramos a maresia e entramos na “Maconholândia”; posto 9 lotado até o Coqueirão de “bichos grilos” e estilos mais que “sangue bom” que curtem o momento e mais nada.
Agora, nossa caminhada é invadida atleticamente pela “Futebolândia”, “Futevoleilândia”, “Frescobolândia”, “Voleilândia”, “Corridolândia” até chegar na “Pirralholândia” juvenil que vai até o Country Clube, ou melhor a “Playboylândia” da Zona Sul, onde um gordinho brando e feliz jamais pode pensar em ir!
Atravessamos o canal, ou a “Cocôlândia” e chegamos ao Leblon para Manoel Carlos nenhum botar defeito! Encontramos a “Bohemialândia” dos coroas mais sarados, queimados e atléticos bem sucedidos ou não da Zona Sul e perfumamos nossa caminhada de Giovanna Baby, Gap Kids, Zara Kids, Ralph Lauren Kids na “Babylândia” e terminamos o percurso pelo Leblon nas colunas sociais do irreverente colunista Zózimo Barroso quer burguesia melhor
Mas, se você ainda não se cansou e aguenta fazer quase uma meia maratona: deixamos a Zona Sul, seguimos pela Niemeyer, ou “Favelolândia” que possui a vista mais privilegiada e nobre da cidade, passamos por São Conrado, a “Passegemlândia” mais micada, perigosa e linda, até sorrir, porque estamos na Barra, a “Emergentelândia” mais bairrista e charmosa de todas as “Lândias”.
A praia Barra tem todo um toque, energia e pôr do sol especial enfeitada por ventos e pela “Wakebordlândia” que tanto nos encanta logo alí no ponto do saudoso Pepê.
Por alí também, encontramos a “Pitboylândia” e “Tchuchucalândia” área patrocinada pelas melhores academias do Rio, onde intelectual não tem vez e muito menos espaço! Logo em seguida temos o agradável ambiente com showzinho para a “Familialândia” da barra que habita o Jardim Oceânico, aqueles prédios charmosos de varandão de dar inveja.
Seguindo pela extensa orla e “Beverly Hillslândia” dos apartamentos dos mais novos famosos; encontramos de tudo, para todos os gostos e protetores solar até chegamos a Reserva invadida por lixo nada perecível e pela “Paraíbalândia” com toda a sua tradição e regionalidade, principalmente aos domingos.
Continuamos em clima de proteção ambiental, geração saúde e ondas de tirar o fôlego de qualquer um, e chegamos finalmente a Prainha a “Surfelândia” mais concorrida, badalada e deliciosa de todo o Rio de Janeiro, onde carro algum consegue estacionar após o meio dia! Haja fôlego!
Depois dessa caminhada toda ou meia maratona pelas praias do Rio de Janeiro, você ainda acredita que praia é um lugar democrático Já ouvi muito isso por aí Se é ou não, não sei, o que sei é que: Viva as diferenças!

O FURO NO BARCO
Um homem foi chamado à praia para pintar um barco.
Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.
Enquanto pintava, viu que a tinta estava passando pelo fundo do barco.
Percebeu que havia um vazamento e decidiu consertá lo.
Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou o com um belo cheque.
O pintor ficou surpreso:
O senhor já me pagou pela pintura do barco! disse ele.
Mas isto não é pelo trabalho de pintura.
É por ter consertado o vazamento do barco.
Ah! , mas foi um serviço tão pequeno Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
Meu caro amigo, você não compreende.
Deixe me contar lhe o que aconteceu.
Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento.
Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria.
Eu não estava em casa naquele momento.
Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei me que o barco tinha um furo.
Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos.
Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado!
Percebe, agora, o que fez Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua "pequena" boa ação.
Não importa para quem, quando ou de que maneira, mas, ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho, e conserte todos os "vazamentos" que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.