Quando meus sonhos adormecem, um anjo sempre me acorda e me dá as suas asas para que eu não desista de voar.
O outono desenhado na paisagem não impede que a primavera se instale no meu coração.
Lá fora, folhas secas correndo ao vento; aqui dentro, jardins ensolarados anunciando que é tempo de colher as flores.
Quando te vejo, uma alegria descalça anda pelos meus olhos, fazendo o coração soltar foguetes e a vida vestir se de festa!
Não quero amor a conta gota nem felicidade emprestada.
Quero a transitividade do verbo amar com todos os seus complementos.
Do livro DE OLHOS ENTREABERTOS
A felicidade genuína não depende de porquês, quandos nem ondes.
É gratuita e à toa como flor que nasce em monturo.
Nunca se desiste totalmente de um amor a quem se disse adeus racionalmente.
Fica, em algum compartimento da alma, um desejo de ter tomado a decisão errada; fica no coração uma sala desocupada e silenciosa onde se vela um morto que não pode ser enterrado.
Difícil não é convencer a cabeça a esquecer.
Difícil é fazer o coração parar de bater e continuar vivendo.