Ó minha amada, que olhos os teus.
São cais noturnos cheios de adeus.
São docas mansas trilhando luzes que brilham longe, longe dos breus Ó minha amada, que olhos os teus.
Quanto mistério nos olhos teus.
Quantos saveiros, quantos navios, quantos naufrágios nos olhos teus.
a presença do medo ou a ausência da coragem, faz que percamos momentos em nossas vidas..
arrisque, quebre a cara, pois você pode ser tudo ou nada,como saber se continuar parado..
Quase sempre a beleza interior é o mais importante.
Entretanto, como diria o Vinicius de Moraes: nem só de recheio se faz um rocambole!
" Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos.
Os seus braços o meu ninho, no silêncio de depois.
E você tem que ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira no infinito de nós dois "
De nada vale ao homem a pura compreensão de todas as coisas,
se ele tem algemas que o impedem de levantar os braços para o alto.
De nada valem ao homem os bons sentimentos, se ele descansa nos sentimentos maus.
O rio
Uma gota de chuva
A mais, e o ventre grávido
Estremeceu, da terra.
Através de antigos
Sedimentos, rochas
Ignoradas, ouro
Carvão, ferro e mármore
Um fio cristalino
Distante milênios
Partiu fragilmente
Sequioso de espaço
Em busca de luz.
Os acrobatas
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Depois que li alguns sonetos
de Camões, Shakespeare, Vinícius de Morais,
descobri que minha poesia
não anda distante de considerável qualidade.