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Poemas Verão

Em uma noite dessas de verão, eu estava sentado em um restaurantezinho qualquer, apenas para sair, depois de um fim de semana inteiro enfurnado em casa.
E notei uma garota de cabelos castanhos e olhos azuis ou verdes, fiquei indeciso quanto a cor de seus olhos.
Ela estava sozinha, imaginei que estivesse esperando alguém, e tive certeza ao ouvir sua voz suave falando pelo celular com, aparentemente, um cara, perguntando se ele demoraria muito para chegar.
E aí as horas foram passando, e se estendendo..
até eu notar a expressão triste da garota, que ainda estava sozinha.
Bebi uma ou duas doses de whisky, tomei coragem e fui falar com ela, mas a conversa acabou não saindo como eu esperava.
A deixei nervosa e vi seus olhos lacrimejarem.
Depois de umas tentativas frustradas de me desculpar pelas minhas escolhas erradas de palavras ao falar sobre ela e o rapaz, ela me disse que eu não sabia nada sobre os dois e que eu deveria cuidar dos meus problemas.
Fico mal em concordar, mas é a pura verdade: eu deveria cuidar mais dos meus problemas.
Só que enquanto ela me falava coisas e mais coisas para me sentir mal, a única coisa com que eu me preocupava era que eu ainda não havia perguntado o nome dela.
E sem nem ao menos pensar, a interrompi, perguntando seu nome.
Ela se levantou, pegando sua bolsa branca combinando com o tom de sua pele, disse que era Lana e logo foi me dando tchau.
Me levantei tentando alcançá la, pois ela andava rápido, mas ela olhou pra trás e eu só tive a chance de olhá la nos olhos.
A última visão que tive de Lana: os olhos.