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Poemas para Vovó

Coisicas de Vovó e Vovô
Dia dos avós é o ícone de pessoa querida, nos transporta para momentos inesquecíveis vivenciados por tão ilustres seres amadurecidos de amor.
Minha vó é da época desse desenho, quituteira, prendada e carinhosa.
As avós de antigamente eram lindas enrugadas, com voz aveludada, cheiro de alfazema, batas ou vestidos estampados com fita na cintura, colocavam sua dentadura dentro do copo para descansar durante o sono.
Batalhadoras desprovidas de preguiça, rainhas do lar e parideira, minha vó teve 13 lindos filhos.
A profissão de uma avó de antigamente era CASAR.
Meu avô se preocupava com o sustento da casa, era o único provedor, trabalhava muito e ajudou a fazer os filhos supracitados.
Tinha uma maneira rígida de educar, não impunha respeito e sim medo, os 13 filhos tinham medo do meu atual meigo vovô.
Falar de vó e de vô é sentir saudade, sentir cheiro de infância, sentir vontade de voltar ao tempo, valorizar com juros e correção cada momento vivido, cada emoção.
É lembrar de superstições que você acha engraçada, mas impossível esquecer: ao ver um chinelo emborcado, porque alguém vai morrer; um garfo, colher ou faca que cai no chão, porque tem gente chegando; a vassoura atrás da porta para sintonizar a visita de que é hora de partir.
Tudo se curava com chá, com ervas, com remédio caseiro, com copaíba, andiroba, crajiru, com garrafada, ninguém ia no ortopedista antes de ir no senhor que põe os ossos no lugar, ou na rezadeira.
Os avós de hoje são jovens, bonitos, antenados e internautas, lutam, buscam, materializam seus sonhos e comemoram conquistas.
Os avós são mães e pais açucarados, com receitas inéditas de mimos, paparicos e proteções.
Feliz Dia dos Avós

O último hino do vovô
Quando cantaram um hino, foram ao Monte das Oliveiras.
Mateus 26:30
Como nosso Senhor enfrentou a terrível perspectiva de morrer na cruz, Ele concluiu o primeiro culto de comunhão com o canto de um hino.
Com isto Ele mostrou que os crentes podem encontrar o “último inimigo” com confiança pacífica quando eles têm fé em Deus e em Sua graça sustentadora.
Lembro me de ouvir meus pais contando sobre os momentos finais do vovô Bosch nesta terra.
Ele havia ficado aflito com um grave problema cardíaco e, apesar dos melhores esforços do médico para aliviar sua condição, ele piorou constantemente.
Depois de três dias e noites, ele percebeu que a morte estava próxima.
Chamando seus filhos para o lado dele, ele amorosamente falou com cada um deles.
Então ele disse: “Vamos nos separar de um hino”.
Sua voz fraca tremeu enquanto ele cantava essas palavras familiares de Edward Mote:
Minha esperança é construída sobre nada menos
que o sangue e a justiça de Jesus.
Seu juramento, Sua aliança, Seu sangue
Me apóie na inundação esmagadora;
Quando tudo ao redor da minha alma cede,
Ele é toda a minha esperança e permanece.
Em Cristo, a rocha sólida, eu permaneço
Todo o outro chão está afundando areia.
Depois de uma palavra terna de admoestação espiritual, vovô fechou os olhos e foi para o Senhor.
Se confiarmos em Cristo, nós também teremos esse tipo de paz quando chegarmos ao fim de nossas vidas.
Na vida e na morte, Cristo, a Rocha, é a nossa esperança certa.
Henry G.
Bosch

A casa da Vovó
A casa da vovó era tão grande, lá eu me sentia Latifundiário em vinte metros quadrados, lá eu subia no muro que parecia o de Berlim, lá eu subia nas Goiabeiras, nas pitangueiras e não tinha medo de subir, de cair, de sussuarana e nem tão pouco de perder a hora do almoço porque eu sabia que meu anjo envelhecido ali estava para me lembrar ,carinhosamente, que meu prato preferido estava na mesa.
A casa da vovó era tão grande, lá, no quintal, tinha uma enorme pedra, que hoje, diante de meus olhos nem tão grande era assim!
Lá às formigas eram gigantes, as flores mais coloridas, o suco mais doce e os biscoitos mais crocantes.
Lá tudo ficava gostoso, até a couve que mamãe fazia e pedia pra vovó colocar em meu prato.
Lá verdura era carne tenra.
A casa da vovó era meu itinerário preferido e ela a guia turística mais fantástica que eu já conheci .Meu passeio preferido, meu colo preferido, meu abraço mais quente e meu sim constante.
A casa da vovó era tão grande e se tornava maior por tanto carinho, tanta generosidade, tanto amor.
Não cabia em suas intenções tanto carinho, expresso em apenas um olhar, um aconchego ou um sabonete e um talco quando ela ,de mãos dadas comigo, íamos receber sua pensão.
Assim a casa da vovó era uma mansão, tamanhos cantos que tinha, tamanha a vontade de agradar, tamanho o tamanho daquele envelhecido coração.
A casa da vovó, a casa da vovó era minha esperança de crescer, crescer e encontrá la, envolver meus bracos pequeninos em seus bracos envelhecidos, ou o contrário ou ,simplesmente falar baixinho:
Vó pede pra minha mãe deixar eu ficar aqui hoje Pede vó, pede!
E ela com aquele sorriso conivente me abraçava e dizia:
Pode deixar, ficaremos juntas mais um dia.
E eu simplesmente ,hoje envelhecida na saudade, falo:
A casa da vovó era tão grande! Mas o amor da vovó era bem maior.