Frases.Tube

Otimismo

Deixem me contar lhes uma parábola.Vocês conhecem aquelas casas de madeira, de tábuas largas, com fendas e gretas pelas quais costumam cair, debaixo do assoalho um espelhinho, um pente, uma moeda, um botão, uma miçanga, mil coisas assim, que ficam lá embaixo, na escuridão.Os meninos antigos gostavam de deitar se no chão e ficar olhando pelas gretas o velho porão escuro.Quando um raio de sol penetra lá embaixo, brilham coisas esquecidas e perdidas, pequenas ninharias que se acumulam anos a fio.Mas se um dia caísse uma joia, então dava se a descida ao mundo maravilhoso do “debaixo do assoalho”.Os meninos entravam e era uma festa para os olhos e para o coração: centenas de coisinhas perdidas e reencontradas:– Aquela bolinha de vidro de cor.– Aquele alfinete dourado.– Oh! , aquela pedrinha que brilha! Eram mil surpresas escondidas, acumuladas, perdidas anos a fio e que a casualidade de uma joia caída fizera redescobrir.Pois bem amigos, a vida de família é como o fundo do assoalho, com mil pequenas alegrias e carinhos, com mil momentos de ternura, que vão caindo pelas gretas do tempo e do dia, e se vão esquecendo no fundo da vida.A gente costuma perder esta beleza toda pelo cansaço, pelo hábito, onde as pequenas atenções, o dizer bom dia, boa noite, onde o carinho pelos pais, pelos irmãos, pelos filhos, tornam se miçangas caídas nas gretas da vida Mas um dia como esse pode ser uma ocasião de choque, de lembranças mais vivas do que foram as coisas.Talvez seja o dia de tirar as tábuas do assoalho, do redescobrir com alegria as pequenas coisas indispensáveis para o tempo de amor, da vida em família

Ensinar pode ser uma profissão desafiadora.
Há dias que parecem não ser suficiente para tudo.
Quantos pequenos rostinhos tão ansiosos, tão confiantes e tão dignos de sua atenção.
Como você pode alcançar a todos Não há minutos suficientes em um único dia – principalmente quando os pequenos rostinhos são do jardim de infância.As crianças caminham até a escola prontas para dizer “OLÁ! ” ao mundo.
Tudo as deixa excitadas – da poeira de giz em seu cotovelo ao inseto que rasteja em sua mesa.
São adoráveis, cheios de energia, curiosos, cheios de energia, motivados, cheios de energia, ansiosos por aprender – e eu mencionei que são também cheios de energia Trabalhar com crianças do jardim de infância é como tentar manter ao mesmo tempo um quarto cheio de bolinhas de ping pong todas debaixo d’água.
Mas há também aqueles momentos que fazem tudo ter muito valor.
E Lucy criou um destes momentos.Lucy nunca tinha ido ao jardim de infância antes.
Estava excitada com as atividades, as crianças, a sala de aula e o ruído.
Lucy gostou especialmente do ruído.
Em sua casa as coisas não eram muito ruidosas.
Quando sua família falava, não havia nenhum som.
Seus pais eram mudos, e toda conversação era através da linguagem de sinais.
Agora Lucy experimentava a maravilha de uma segunda linguagem – estava começando a falar! Enquanto o ano passava, Lucy prosperava.Veio o Halloween com abóboras e fantasias.
O peru de Ação de Graças.
E veio o Natal, o melhor de todos.
Papai Noel viria logo, e as crianças criavam seus próprios trabalhos para lhe dar as boa vindas.
Dúzias de minúsculas mãos foram ao papel colorido.
Centenas de minúsculos dedos cortando cartolinas.
Orgulhosas, as crianças apresentavam seus trabalhos à professora, que os colou na porta.
Havia o corte vermelho para a roupa do Papai Noel, o branco para a barba, e até mesmo o preto para a bota.
Ficou bonito! E só faltava as mãos.Lucy estava animada.
Adorou desenhar e cortar.
Tinha sido muito divertido.
Foi para casa e continuou cortando e desenhando e cortando.
Quando terminou, escolheu a melhor mão de todas para levar à sua professora.No dia seguinte Lucy mal podia esperar.
Assim que chegou à sala de aula abriu sua mochila e tirou o seu presente.
Orgulhosamente, apresentou sua melhor mão para a professora.
A professora abaixou se e deu um abraço em Lucy, mas ficou meio confusa com o presente.
No dia anterior, Lucy tinha feito um trabalho tão maravilhoso.
Seu traçado, seu corte, tinha estado bem ao nível de habilidade de seu grupo de idade.
Mas o de hoje – bem, não era exatamente o melhor trabalho de Lucy.– Você gostou Lucy perguntou ansiosa.A professora sorriu.– Sim, querida.
Mas Lucy, faltam alguns dedos.
Aconteceu alguma coisa Havia alguns dedos faltando – era óbvio assim que você olhasse a mão.
O polegar, o indicador e o dedo mínimo tinham sido cortados com perfeição.
Os outros dois dedos, entretanto, tinham sido cortados fora.– Professora, – Lucy disse feliz – eu quis lhe dar minha melhor mão – essa que diz ‘eu te amo’.E é exatamente isto o que dizia a mão – na linguagem de sinais – “eu te amo”

Semana passada levei meus filhos a um restaurante.
Meu filho de seis anos perguntou se ele podia dar graças.
Quando concordamos ele disse,– Deus é bom.
Deus é maravilhoso.
Obrigado pela comida.
E eu ficarei ainda mais agradecido se mamãe nos der sorvete como sobremesa.
E liberdade e justiça para todos! Amém! Junto com as risadas dos outros clientes por perto, eu escutei uma mulher comentar, – É isso que está errado com esse país.
As crianças de hoje não sabem nem como rezar.
Pedir sorvete a Deus! Eu nunca vi isso! Escutando isto, meu filho rebentou em lágrimas e me perguntou,– Eu fiz uma coisa errada Deus está zangado comigo Enquanto eu o abraçava e lhe assegurava que ele havia feito uma oração maravilhosa e que Deus com toda certeza não estava zangado com ele, um cavalheiro mais idoso se aproximou da mesa.
Deu uma piscada para meu filho e disse:– Eu fiquei sabendo que Deus achou que foi uma grande oração.– Mesmo meu filho perguntou.– Dou a minha palavra, o homem respondeu.Então num sussurro teatral ele acrescentou (indicando a mulher cujo comentário havia desencadeado a coisa toda),– Que pena que ela nunca tenha pedido sorvete a Deus.
Às vezes, um pouco de sorvete faz bem para a alma.Naturalmente, eu comprei sorvete para meus filhos no fim da refeição.
Meu filho olhou fixamente para o seu por um momento e, então, fez algo de que me lembrarei o resto de minha vida.
Ele pegou o seu sundae e sem uma palavra, caminhou na direção da mulher e o colocou em frente a ela.
Com um grande sorriso lhe disse,– Aqui, este é para você.
Sorvete às vezes é bom para a alma.
e a minha alma já está bastante boa.

Você aproveita a vida É muito comum ouvir as pessoas, e principalmente os jovens, dizendo que querem aproveitar a vida.
E isso geralmente é usado como desculpa para eximir se de assumir responsabilidades.
Mas, afinal de contas, o que é aproveitar a vida Para uns é matar se aos poucos com as comilanças, bebidas alcoólicas, fumo e outras drogas.
Para outros é arriscar a vida em esportes perigosos, noitadas de orgias, consumir se nos prazeres carnais.
Talvez isso se dê porque muitos de nós não sabemos porque estamos na Terra.
E por essa razão desperdiçamos a vida em vez de aproveitá la.Certo dia, um jovem que trabalhava em uma repartição pública na companhia de outros colegas que costumavam reunir se todos os finais de expediente para beber e fumar a vontade, foi convidado a acompanhá los.
Ele agradeceu e disse que não bebia e que também não lhe agradava a fumaça do cigarro.
Os demais riram dele e lhe perguntaram, com ironia, se a religião não lhe permitia, ao que ele respondeu: “a minha inteligência é que me impede de fazer isso”.
E que inteligência é essa que não lhe permite aproveitar a vida Perguntaram os colegas.
O rapaz respondeu com serenidade: “e vocês acham que eu gastaria o dinheiro que ganho para me envenenar Vocês se consideram muito espertos, mas estão pagando para estragar a própria saúde e encurtar a vida, que para mim é preciosa demais.”Observando as coisas sob esse ponto de vista, poderemos considerar que aproveitar a vida é dar lhe o devido valor.
É investir os minutos preciosos que Deus nos concede em atividades úteis e engrandecedoras.Quando dedicamos as nossas horas na convivência salutar com os familiares, estamos bem aproveitando a vida.
Quando fazemos exercícios, nos distraímos no lazer, na descontração saudável, estamos dando valor à vida.
Quando estudamos, trabalhamos, passeamos, sem nos intoxicar com drogas e excessos de toda ordem, estamos aproveitando de forma inteligente as nossas existências.
Quando realmente gostamos de alguma coisa, fazemos esforços para preservá la.
Assim também é com relação à vida.
E não nos iludamos de que a estaremos aproveitando acabando com ela.
Se você é partidário dessa ideia, vale a pena repensar com seriedade em que consiste o aproveitamento da vida.
E se você acha que os vícios lhe pouparão a existência, visite alguém que está se despedindo dela graças a um câncer de pulmão, provocado pelo cigarro.
Converse com quem entrega as forças físicas a uma cirrose hepática causada pelos alcoólicos.
Ouça um guloso inveterado que se encontra no cárcere da dor por causa dos exageros na alimentação.
Visite um infeliz que perdeu a liberdade e a saúde para as drogas que lhe consomem lentamente.
Observando a vida através desse prisma, talvez você mude o seu conceito sobre “aproveitar a vida” A vida é um poema de beleza cujos versos são constituídos de propostas de luz escritas na partitura da natureza, que lhe exalta a presença em toda parte.

Uma das vantagens da idade madura não é, creiam, a maturidade.
É que nossos olhos já viram muito mais e quando olhamos para trás os caminhos parecem muito mais longos, mesmo se temos a impressão que os anos se passaram na velocidade da luz.Temos em nós as experiências que se foram agarrando às nossas células, moldando nossa personalidade, nos fazendo rir de nós mesmos e de nossas certezas de antes, hoje não tão certas assim.Há quem pense, com o passar dos anos, estar velho para muita coisa.
Mas essas pessoas se esqueceram de aprender algo: nunca se é velho para a vida! Ninguém vive demais, as pessoas simplesmente vivem, jovens ou idosas.Na idade madura, percebemos claramente o quanto mudamos, as fotos não negam e nossas reações diante de fatos similares nos ensinam muita coisa.
Eu, por exemplo, aprecio hoje o silêncio e a calmaria, quando antes isso não tinha tanta importância.
Gosto de terra, de mato, flores, cidades antigas e velhas histórias.Aprendi com os anos a beber o silêncio e beneficiar dele nas minhas meditações, a entrar dentro de mim mesma e ver o que as barreiras do som me impedem em outras ocasiões.
Sorrio comigo e a paz me oferece suas mãos.Não sei que medida de vida Deus me dará, se ainda dez, vinte, trinta anos ou mais.
Mas eu sei que o proveito para minha vida eu tiro no dia de hoje, que os anos podem trazer marcas, rugas e cicatrizes, mas não envelhecerão minha alma.Sei que posso dançar ao ritmo do meu coração, que posso amar e ser amada, que posso sonhar e voar bem alto e, quando necessário, pousar em algum lugar.Sei que ainda vou chorar algumas vezes e rir muito em outras e que ambas as coisas fazem parte do caminho que Deus preparou para mim.
Sei que se amanhã ou depois eu não tiver ainda chegado ao meu lugar sonhado, meus sonhos me terão feito viver duas vezes mais, terão tirado meus pés da terra quando caminhar me fazia mal e que sonhar não vale somente a pena, vale todas as penas do mundo!