A mentira parece a saída fácil de alguma situação complicada.
Mal sabe o mentiroso que mentira atrai mentira.
Complicado é sair da enrascada que se meteu quando se decidiu ir contra a verdade.
A mentira pode destruir a confiança entre amigos, amantes e até familiares.
Ainda que a verdade doa, é sempre a melhor opção.
Pois a verdade não trai, não ilude, não engana.
Ainda que pareça difícil, a verdade é o caminho mais seguro a se traçar.
O problema da mentira é que ela nunca vem só.
Sempre é preciso inventar outra para cobrir a primeira e outra e depois mais uma.
Mentiroso nenhum tem a criatividade e a memória para sustentar tudo isso.
Em toda situação, cada pessoa conhece a sua verdade.
E mesmo que ela não seja como a do outro, não quer dizer que nenhuma das versões seja uma mentira.
Pessoas diferentes, por vezes, têm visões radicalmente diferentes do mundo.
O silêncio também pode ser uma mentira.
A omissão é talvez, uma das formas mais cruéis de se enganar, pois é disfarçada.
É justificada, já que, quem quer que a pratique, pode sempre dizer que “não mentiu”, ainda que saiba perfeitamente que está traindo a confiança de alguém.
É fácil acreditar que só aquela mentirinha não faz mal.
Difícil é consertar os danos que acontecem quando uma mentirinha foi longe demais.
Se é preciso contar uma mentira para manter a sua imagem, considere bem se essa é uma imagem que você queira manter.
É tolo é aquele que acredita que a mentira o salvará.
Mas o maior tolo de todos é o que mente para si mesmo e que não sabe mais distinguir a falsidade da honestidade.
Esse é quem se perdeu mais profundamente.
Uma mentira contada vezes demais, por gente demais, acaba por se tornar uma versão corrompida da realidade.
Um fato aceito, mas que não é a verdade, apenas algo que se passa por ela, algo em que muita gente acredita e que pode fazer muito mal.
Esta é a forma mais danosa da mentira