O homem morre quando Deus faz uma dobra na ponta do livro.
A morte é beijo da boca sepultura: procura proceder bem, corta um farrapo de uma boa acção durante a rugidora noite, e este será o teu sudário no seio da terra.
A morte é a exaltação da verdade.
Eles (budistas) falam muito em compaixão e da realização acerca da vida, da morte, da permanência.
Eu me lembro sentado lá e o momento em que vi isso: em que vi a beleza da vida.
Viver torna se uma tão estúpida obsessão que dormir bem sempre mais do que se precisaria, esticando a ronha até ao limite do olho fechado é cada vez mais considerado como um abraço acamado que se dá à Morte.
Que disparate: dormir é viver bem.
Se a única coisa que de o homem terá certeza é a morte; a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano.
Não o fazem por fome, mas por ódio e inveja, e quando combatem na guerra gritam um para o outro: para vingar a morte de meus amigos, estou aqui; tua carne será hoje, antes que o sol entre, meu assado.
A morte deveria ser assim: um céu que pouco a pouco anoitecesse e a gente nem soubesse que era o fim
Nossa existência é transitória como as nuvens do outono.
Observar o nascimento e a morte dos seres é como olhar os momentos da dança.
A duração da vida é como o brilho de um relâmpago no céu, tal como uma torrente que se precipita montanha abaixo.
Não acredito em vida após a morte, por isso não preciso passar toda minha vida temendo o inferno, ou temendo o céu mais ainda.
Quaisquer que sejam as torturas do inferno, penso que a chatice do céu seria ainda pior.