A civilização é a criação de estímulos em excesso constantemente progressivo sobre a nossa capacidade de reacção a eles.
A civilização é pois a tendência para a morte pelo desequilíbrio.
A verdadeira barbárie é Dachau; a verdadeira civilização é, antes de tudo, a parte do homem que os campos de extermínio quiseram destruir.
O ódio do poder, o ódio duma civilização vitoriana ou outra qualquer, é ainda uma forma de reconhecer lhe direitos.
Não se empurra pelas escadas abaixo uma imagem e o seu santuário, sem estarmos a declarar lhes a sua virtude feudal.
Para uma civilização, não é a técnica que representa o verdadeiro perigo, é a inércia das estruturas.
Ao começar a semeadura, outras atividades brotam.
Os que trabalham a terra são os fundadores da civilização humana.
A civilização é um sentimento e não uma construção: há mais civilização num beco de Paris do que em toda a vasta New York.
A decantada civilização tem multiplicado de tal modo as nossas necessidades e desejos, que para os contentar e satisfazer somos forçados, piorando de costumes, a sujeitar nos a maiores trabalhos e cuidados.