O ciúme.
Que irritante.
Ele é uma expressão da avidez da propriedade.
Ou da petulância do domínio.
Ou do gosto da escravização.
O ciúme, que parece ter por objeto apenas a pessoa que amamos, prova que na verdade que amamos só a nós mesmos.
É impossível exprimir a perturbação que o ciúme causa a um coração em que o amor ainda se não tenha declarado.
O ciúme é cultural.
Mas quem tem autoestima elevada e se considera com muitos atrativos não supõe que será trocado com facilidade.
Um acesso de ciúme pode levar um homem a cometer ações tão indignas, que, uma vez passada a vertigem da suspeita, ele se encontre grandemente envergonhado.
Mas, no meio de tudo isso, também observou que ninguém respondia às galanterias de Porthos.
Eram apenas quimeras e ilusões.
Mas, para um amor verdadeiro, para um ciúme real, haverá outra realidade além de quimeras e ilusões